Talvez um dia eu sinta Saudades do meu passado... Caminho sem olhar para trás. Tenho medo que se o fizer me possa arrepender e perder-me no que já não vem. O espelho de Tudo está em mim. Esqueci o que foi em vão. Aprisiono o que me magoa. Respiro as pequenas felicidades que me construíram como gente e me tornam diferente. São telegramas curtos, mas surpreendentes. São folhas primaveris, tenras da infância singela que tão bem vivi. São flores do campo, repletas de sonhos que inventei e nem sempre alcancei. São ramos frágeis, uns, que me ajudaram a subir porque só assim a árvore pode florir... Ficaram lá. Aqui, com o sol nos olhos, prossigo no meu devir. E amanhã? O Amanhã está, ainda, por descobrir. ( Celina Seabra)
Pensamentos em forma de poesia