A oito dias do Natal, sinto em mim uma pequena nostalgia que não deveria cá estar...
Tenho pai, mãe e uma família linda a meu lado, e há um vazio que teima em instalar-se naquilo a que eu chamo o cofre dos sentimentos.
Não respiro Natal. Não é aquele Natal de outrora: simples, mas MÁGICO.
A iluminação quase não existia, mas o meu coração brilhava de alegria. Era a época mais bela do ano. E não era apenas pelos presentes, pois estes tinham de ser merecidos e consciencializavam-me de que tinha de ser " boa ", " humilde " e tinha de rezar muito ao Menino Jesus. E eu rezava. Juntinho ao presépio, muitas vezes, só, rezava-lhe para me perdoar aquelas maldades que hoje não são maldades... E o Menino parecia sorrir para mim. E cantava-lhe canções de Natal e era feliz!
Não sei se hoje alguma criança vive, como eu vivi ( ou Tu, que me percebes) o Natal de há 30 anos atrás. Cantava pela paz no mundo, Rezava pela família, para ser mais unida; pedia saúde, sobretudo, para os meus pais e, intimamente, pedia-LHE um presente de natal. Mas era a Ele e não ao Pai Natal.
Era o Menino Jesus que dava dinheiro aos pais para poderem comprar um presente.
Hoje, temos um PAI NATAL que se vulgarizou, que já não desce pela chaminé; que entra em Centros Comerciais e vai também, ele às compras. É um Pai Natal que se afastou de Jesus, que já não precisa dele, para ser apreciado pelas crianças.
Antes era Jesus que enviava o Pai Natal para nos trazer os presentes de Natal. E as imagens que recordo do presépio são semelhantes a estas que juntei ao meu texto. Eram estas que decoravam os cartões de Natal e eram nestes que escrevíamos mensagens festivas aos nossos familiares. Que bom era receber um postal de Natal!
Hoje tudo se compra e, também, eu me vejo neste redemoinho de materialismo que cada vez acho mais desnecessário. Já não passeio pelas ruas da cidade, extasiada, só para contemplar a iluminação natalícia. As músicas eram alegres e as letras sentimentais... Contavam histórias: " Há muitos anos, em Belém, numa gruta despida de luxos, nasceu um menino que viria a ser o salvador do Mundo..."
Alguém se recorda?
Como voltar a acender essa lâmpada dentro de mim?
As pessoas andam apressadas, cansadas, enfeitiçadas por um mundo que é efémero...
Eu só desejo paz... e voltar a ser aquela criança que amava o Natal.
Quem mo roubou? Porque deixei que fosse?
...
A luzinha ainda brilha dentro de mim.
Tenho pai, mãe e uma família linda a meu lado, e há um vazio que teima em instalar-se naquilo a que eu chamo o cofre dos sentimentos.
Não respiro Natal. Não é aquele Natal de outrora: simples, mas MÁGICO.
A iluminação quase não existia, mas o meu coração brilhava de alegria. Era a época mais bela do ano. E não era apenas pelos presentes, pois estes tinham de ser merecidos e consciencializavam-me de que tinha de ser " boa ", " humilde " e tinha de rezar muito ao Menino Jesus. E eu rezava. Juntinho ao presépio, muitas vezes, só, rezava-lhe para me perdoar aquelas maldades que hoje não são maldades... E o Menino parecia sorrir para mim. E cantava-lhe canções de Natal e era feliz!
Não sei se hoje alguma criança vive, como eu vivi ( ou Tu, que me percebes) o Natal de há 30 anos atrás. Cantava pela paz no mundo, Rezava pela família, para ser mais unida; pedia saúde, sobretudo, para os meus pais e, intimamente, pedia-LHE um presente de natal. Mas era a Ele e não ao Pai Natal.
Era o Menino Jesus que dava dinheiro aos pais para poderem comprar um presente.
Hoje, temos um PAI NATAL que se vulgarizou, que já não desce pela chaminé; que entra em Centros Comerciais e vai também, ele às compras. É um Pai Natal que se afastou de Jesus, que já não precisa dele, para ser apreciado pelas crianças.
Antes era Jesus que enviava o Pai Natal para nos trazer os presentes de Natal. E as imagens que recordo do presépio são semelhantes a estas que juntei ao meu texto. Eram estas que decoravam os cartões de Natal e eram nestes que escrevíamos mensagens festivas aos nossos familiares. Que bom era receber um postal de Natal!
Hoje tudo se compra e, também, eu me vejo neste redemoinho de materialismo que cada vez acho mais desnecessário. Já não passeio pelas ruas da cidade, extasiada, só para contemplar a iluminação natalícia. As músicas eram alegres e as letras sentimentais... Contavam histórias: " Há muitos anos, em Belém, numa gruta despida de luxos, nasceu um menino que viria a ser o salvador do Mundo..."
Alguém se recorda?
Como voltar a acender essa lâmpada dentro de mim?
As pessoas andam apressadas, cansadas, enfeitiçadas por um mundo que é efémero...
Eu só desejo paz... e voltar a ser aquela criança que amava o Natal.
Quem mo roubou? Porque deixei que fosse?
...
A luzinha ainda brilha dentro de mim.
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