“Deixa-me chorar
para suavizar o que não sei dizer, mas sei sentir.”
Deixa-me chorar
para me libertar desta bofetada que só a minha alma sentiu e que não retribuiu.
Deixa que rolem
pelo meu rosto todas as lágrimas que se criaram nesse fosso que escavaste em
mim.
Deixa-me chorar
porque preciso de voltar a sorrir.
Deixa-me pintar um
arco-íris que não se vê por fora,
será o suficiente
para afastar essas nuvens de deceção que tu criaste.
Deceção que eu
conheço. Desilusão que eu teimo em encobrir. Fantasia com que amorteço o que
vejo e não quero reconhecer.
Deixa-me chorar.
Logo, logo,
volto a reerguer-me.
(Celina Seabra)
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