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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2020

Viver sem pressa

Neste silêncio quase mudo, a tranquilidade deita-se ao meu lado e nina-me até adormecer. Sou feliz e, por vezes, não sei. Longe do mundo rejuvenesço por dentro e as luzes da ribalta esvaem-se da mesma forma com que chegam: de supetão! Desinteresso-me do mundo e dos ruídos que, por vezes, nos fazem adoecer. Os interesses alheios são apenas os interesses dos outros. As novidades consomem a nossa espiritualidade e são apenas passageiras. Nada importa nesta aventura que é só minha e dos que guardo junto de mim.   O relógio parou e conto os dias pelos instintos corporais… Viver sem pressa, é esta a oportunidade que o Hoje me dá. (Celina Seabra)

Nós

Já passaram tantos anos que até perdi a conta… Estou a teu lado e só isso importa. Tu estás comigo. Aceitas o que sou. Aceito o que Tu és. Caminhamos lado a lado e isso é bom. Às vezes paro, porque alguma coisa se quebra dentro de mim. As palavras azedam e a paciência ocultou-se como o por do sol. Procuro a oração. É o meu modo de agradecer Tudo aquilo que sou e possuo. Procuro a paz interior. É a minha higienização pessoal. Já não tenho tempo para correr atrás da Felicidade, sobretudo quando é tão difícil defini-la. A Felicidade passou a fazer parte dos meus cinco sentidos: os olhos sorriem e refletem o amor que te tenho; as mãos teimam em tocar-te e abraçar-te; a boca cala-se e prefere beijar os teus dedos, as tuas orelhas e os ombros que suportam as intempéries; os ouvidos habituaram-se aos sons que anunciam a tua chegada e o olfato apura-se para degustar o teu perfume natural. A viagem passou a fazer-se mais lentamente, mas juro que a paisagem é aprec...

Agora

Deixei de ter FUTURO. O AGORA é certo porque Vivo. DEPOIS deixou de ter sentido. A RAZÃO faz-me preparar o que não é claro, porque mecanizaram o meu raciocínio. Os medos permanecem, mas AGORA afasto-os do meu PRESENTE. Não sinto Fome, nem Sede, nem as necessidades mais básicas. Não estou doente, nem sofro, por isso o AGORA é tão fácil de aceitar. A minha vida é um fio esticado na horizontal suspenso sobre um vazio pintado a branco. Equilíbrio é o que necessito, embora nem sempre use cajado e a rede nem sempre lá esteja. O apelo momentâneo é o de “Deixai-me passar! Prometo não ocupar o espaço de ninguém, mas deixai-me caminhar…” Preciso de sobreviver e manter a Família que criei. (Celina Seabra)