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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2020

Estranheza

  Hoje estás. Amanhã, quem sabe? A tentação é olhar para trás e perder-se no caminho que não voltas a trilhar. É poeira. Ilusão ótica e cria ansiedade. É estranho não teres estrada para pisar. É estranho deambular sem questionar. É anestesiante caminhar em desencontros. Para trás ficou tudo e nada. Tudo porque seguias sonhos lúcidos e, a teu favor, havia consciencialização… Nada, porque abruptamente regressaste ao mundo onírico e tomaste consciência de que sempre estiveste a sonhar. (Celina Seabra)

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Vive!

 Um dia estamos felizes, certos do presente e sem medos do amanhã. Noutro chegam as dúvidas, as surpresas, as angústias, e a muralha que fingiste construir ao teu redor, afinal não é mais do que um baralho de cartas ou o dominó que empilhaste certeiramente e, por descuido, lhe tocaste e cedeu. Somos Tudo e somos Nada, num momento só. Guia-te a persistência que Tu chamas de Esperança. É o teu archote olímpico que como atleta te impões a levar até ao fim do jogo. E enquanto estiver empapado de breu, o teu caminho permanecerá dentro do teu olhar. O jogo continua, por isso está certa de que a tocha se elevará, se não for por ti, por outro campeão que não teme viver. Por isso, põe candelabros em todas as paredes da tua essência. Mantém a fonte da Fé iluminada. Limpa as teias sem destruir a persistência da aranha que tece meticulosamente o seu campo defensivo. Não baixes os braços, nem percas de vista as estrelas que iluminam o teu caminho. Mantém a tocha elevada e sê exemplo de vida. Nã...

Deriva

    Há dias em que andar à deriva é tudo o que te resta. Sem rumo, sem objetivos, ao deus-dará,   é assim que vagueias… Sem querer, perdeste a tua bússola ou aquilo que supostamente te orientava. O caminho que te era conhecido embocou num trilho que agora te esmaga os sonhos que te afoitaste em realizar. Os teus pés parecem pisar duas calhas abobadas por onde gira o comboio da vida. Desceste na paragem errada? A partir daqui a cortina do futuro encobre a razão e só te resta adormecer com a in certeza (ou certeza) de que voltarás a entrar na carruagem que a ti pertence. (Celina Seabra)

Vai de retro...

 Ai, Jesus! Que confusão! Que corrupio! Que instabilidade! Que tumulto há em ti, e que tempestividade! Deus me livre e acuda!!! "Vai de retro," Longe de mim a infelicidade e toda essa insanidade! Vai de retro, a solidão, Que tortura! Que escravidão! Sobe e desce; desce e sobe e começa o turbilhão! Sentimentos em ebulição! E a tua vida em suspensão! "Vai de retro" a inquietação! Venha a nós a salvação! Que horror e que isolofobia viver em constante pandemia! Que desassossego, que inquietação, viver nesta horripilação! Vai de retro o mau-olhado Dedo duro e bem orientado, vai de retro, desafortunado! (Celina Seabra)

Tomara...

 Tomara não saber nada. Tomara não ter pensamento para não ter consciência. Tomara não estar doente dos olhos para poder ver com naturalidade. Quem pensa em demasia põe o seu próprio mundo em conflito. Quem não vê com o coração cria cataratas nos olhos da alma. Por isso, tomara não saber nada! (Celina Seabra)