Há dias em que andar à deriva é tudo o que te resta.
Sem rumo, sem objetivos, ao deus-dará,
é assim que vagueias…
Sem querer, perdeste a tua bússola ou aquilo que supostamente
te orientava.
O caminho que te era conhecido embocou num trilho que agora
te esmaga os sonhos que te afoitaste em realizar.
Os teus pés parecem pisar duas calhas abobadas por onde gira
o comboio da vida.
Desceste na paragem errada?
A partir daqui a cortina do futuro encobre a razão e só te resta adormecer com a incerteza (ou certeza) de que voltarás a entrar na carruagem que a ti pertence.
(Celina Seabra)
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