Um dia estamos felizes, certos do presente e sem medos do amanhã.
Noutro chegam as dúvidas, as surpresas, as angústias, e a muralha que fingiste construir ao teu redor, afinal não é mais do que um baralho de cartas ou o dominó que empilhaste certeiramente e, por descuido, lhe tocaste e cedeu.
Somos Tudo e somos Nada, num momento só.
Guia-te a persistência que Tu chamas de Esperança.
É o teu archote olímpico que como atleta te impões a levar até ao fim do jogo.
E enquanto estiver empapado de breu, o teu caminho permanecerá dentro do teu olhar.
O jogo continua, por isso está certa de que a tocha se elevará, se não for por ti, por outro campeão que não teme viver.
Por isso, põe candelabros em todas as paredes da tua essência. Mantém a fonte da Fé iluminada. Limpa as teias sem destruir a persistência da aranha que tece meticulosamente o seu campo defensivo. Não baixes os braços, nem percas de vista as estrelas que iluminam o teu caminho. Mantém a tocha elevada e sê exemplo de vida. Não afastes os olhos do sol, se temes a escuridão. Afasta de ti a serpente que envenena e seca os sonhos que te mantêm viva.
E Vive!
(Celina Seabra)
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