Desistir?
Nunca!
Podes cambalear, tropeçar, cair,mas não desistas,
continua!
Olha o sol que também repousa, todas as noites no horizonte. Parece morrer,
mas abriga-se para renascer.
Contempla a lua, ora cheia, grávida de vida,
ora em barco, para incitar à viagem,
ou então, linha brilhante que fecha as pálpebras para depois se incendiar de novo.
Os opostos existem para se deslumbrarem.
Sedução,
repulsa,
Amor,
desencanto,
Alegria,
angústia,
binómios que rompem casulos e deixam sair borboletas.
Não desistas.
Grita a tua dor.
Enrouquece para a deixar partir.
O infinito há de engoli-la.
Resta-te enraizar-te ao universo para desbravares caminhos.
Há mãos que sangraram para esquadrinhar saídas,
mas conduziram à tua libertação.
Recorda:
vão-se as unhas,
ficam as mãos!
(Celina Seabra)
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