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A mostrar mensagens de julho, 2022
  Tal lobo faminto que não encontra presa nas serras distantes e lugares recônditos,  o fogo desce às localidades e assusta o povo incauto. A chuva aprisionada no universo sofrido, espreguiça, nas suas férias prolongadas.  Os óculos de sol adormeceram a sua sede e agrada-lhe o morno dos dias que se espraiam à distância. As rezas não chegam aos ouvidos, entretidos com a música celestial e ligados aos auriculares. Os homens merecem este tempo de reflexão.  O universo arde numa imagem apocalíptica.  É lamentável tanto egoísmo e distração.  Guerras inexplicáveis, fundadas em desejos megalómanos acentuam a fome.   Dinheiro mal distribuído e mal empregue. Direitos vandalizados e deveres trocados.  Declarações, leis, palavras escritas guardadas em folhas amarelecidas.  Floreado fingido... Fútil. (Celina Seabra) Imagem retirada do Pinterest
  - Mentir é feio, meu filho. Mentira tem perna curta e horas contadas.  É máscara que, de repente, cai. É ilusão passageira.  É punhal cravejado de ignorância.  É ocultar na noite a luz que despe as sombras do embuste. Mentir é perder a confian ça de quem em ti acreditou.  Por isso, desfralda, meu filho,  a bandeira da verdade  e ergue bem alto, o archote da coragem. A Verdade foi feita para ser guia da tua viagem. (Celina Seabra) Imagem retirada do Pinterest
  Desde que o tempo mudou o meu tempo, a vida foi de descoberta, de  encontros e paragens.  Viajo não só por cidades, como paro em apeadeiros.  E é nestes que encontro a magia do ser humano e quase a sua perfeição. Passei a ser viajante e desço em estações novas.  Os transeuntes - estranhos no início -  sentam-se ao meu lado e contam-me histórias da vida. Às vezes, entrelaço-as com as minhas e passam a ser o meu terço de oração. Outras, faço delas talismãs e são bússolas quando se abre o abismo. Sou viajante sem roteiro e o amanhã é incógnita, porque ainda é amanhã. Se o mundo não idolatrasse a futilidade, até esqueceria as regras sociais. Não sou presa do relógio e amo a calma. - Esse caminhar tranquilo, sem rumo, sem stress, sem medos, sem cadeados. Sou filha do tempo que passa e herdeira da eternidade.  Por isso, não me apressem!  O caminho não acaba e chegar tarde não é o fim do mundo.  - É  só a minha forma de andar distraída dos ri...
  Sono, onde estás? Procuro - te, mas teimas em não me fazer companhia.  Abandonas o lugar que aqueço a algumas horas.  Viajas para longe do que são os recônditos dos sonhos e deixas-me nesta espera, por vezes, sofrida.  Não durmo e penso de olhos fechados.  São sonhos em claro e pensamentos soltos.  Criam ansiedade porque o tempo lembra-me que passa e os ponteiros,  que giram sofridamente há séculos, não estagnam. Vem sono, meu companheiro vadio,  vem e traz-me o véu do esquecimento diário  e os sonhos que me hão de embalar pelo subconsciente indecifrável. Possui a minha mente teimosa e domina-a para que a doença passe sem sequelas. Procuro - te no comprimido que há de contribuir para a perda da memória do que fui.  Será o domador do meu sono que se esquece de mim. Vem, sono, meu exigente  tranquili zador. Conta histórias, salta números, rebanhos de ovelhas que se recusam a abandonar o redil. O silêncio diz-me que andas por aqui....