Passam árvores,
Passam montes,
Passam terrenos áridos, queimados pelo sol abrasador de um
dia de verão,
Passam outros, verdejantes e da cor do limão…
E ainda os que estão da cor do carvão.
Passam carros,
Passam carros,
Passam carros…
Cinzentos, pretos, brancos, vermelhos e até amarelos,
Todos passam ,
Todos se apressam desafiando o tempo.
Passam sinais de trânsito,
Uns de obrigatoriedade, outros informativos.
Passam pontes,
Passam aldeias, vilas e cidades
E avançam pelo
alcatrão.
Subiriam um torreão!
Usam a buzina,
Os piscas,
Viram para a direita,
Para a esquerda,
recuam
e fazem um pião!
Passa o dia,
Passa o calor, a exaustão.
Cai a noite, ligam as luzes
Para iluminar a escuridão.
Lá dentro,
Uns falam alto, barafustam ou até acompanham a letra de uma
canção;
Outros escutam o silêncio, a comunhão de pensamentos que se
leem e resguardam no coração.
Joga-se consola, maneja-se o telemóvel e até se vê
televisão,
Enfim, com precisão,
tudo isto se faz numa
viagem de automóvel
deixando ao condutor a segura e suprema visão!
Boa viagem e cautela, campeão,
Que a velocidade não seja a tua perdição!
Viajar, conhecer o mundo e trazer nos olhos,
na boca e no corpo, a reportagem de uma inesquecível história,
é o desejo de quem regressa a casa, em glória.
( Celina Seabra)
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