Nunca te aconteceu sentires que a vida nos prega partidas e voltamos a viver o que antes foi vivido pelo outros, mas apenas por ti sentido?
Com a mesma idade, com mais bens materiais, com mais responsabilidades materiais, o flash do passado que já era assombração esquecida, regressa para marcar presença e para assustar os teus pensamentos e criar os teus medos.
Se as doenças seguem, por vezes, uma linha hereditária, a vida parece fluir da mesma maneira.
Não é doença que se pegue, mas é angústia que mói, que tritura a tua serenidade e a tua paz espiritual. " É ferida que dói" mas não se sente.
Quem outrora me desviou do caminho que hoje seria o mais certo, está prestes a transformá-lo também.
Quem insistiu para eu ficar, hoje já não se importa de me largar.
As peças que fui empilhando ano após ano, sofreram o seu primeiro abalo. Foram pedaços protetores com os quais aprendi a viver e me fizeram romper o medo, a timidez e me tornaram confiante.
As certezas que fui construindo, desmoronaram-se.
Volto ao princípio e tenho de recomeçar.
Deixei para trás a casa que vi crescer.
Deixei as árvores que hoje já têm copa para proteger os muitos automóveis que paravam ali.
Deixei muros, pessoas, a estrada que nunca foi minha.
A terra nunca foi minha, apenas o céu - penso. E há verdade nisso.
Só o Céu me pode pertencer. Só a liberdade que aos poucos aprendo de novo a respirar, é minha. Nada mais me pertence.
Os filhos crescem e já não cabem nos meus braços. Têm de voar.
O meu amor envelhece ao meu lado e digo-lhe " Quando Tu morreres, eu morro também contigo."
- Deixa para trás o que não te pertence - diz-me.
Mania de prisões que me agrilhoam a vontade de ir!
Medos estapafúrdios que não me deixam rir!
Serenidade e paz que não encontro.
Mania de ser diferente!
Aceita!
Ri!
Balda-te!
O mundo é de quem não se preocupa!
(Estrelinha)
Quem insistiu para eu ficar, hoje já não se importa de me largar.
As peças que fui empilhando ano após ano, sofreram o seu primeiro abalo. Foram pedaços protetores com os quais aprendi a viver e me fizeram romper o medo, a timidez e me tornaram confiante.
As certezas que fui construindo, desmoronaram-se.
Volto ao princípio e tenho de recomeçar.
Deixei para trás a casa que vi crescer.
Deixei as árvores que hoje já têm copa para proteger os muitos automóveis que paravam ali.
Deixei muros, pessoas, a estrada que nunca foi minha.
A terra nunca foi minha, apenas o céu - penso. E há verdade nisso.
Só o Céu me pode pertencer. Só a liberdade que aos poucos aprendo de novo a respirar, é minha. Nada mais me pertence.
Os filhos crescem e já não cabem nos meus braços. Têm de voar.
O meu amor envelhece ao meu lado e digo-lhe " Quando Tu morreres, eu morro também contigo."
- Deixa para trás o que não te pertence - diz-me.
Mania de prisões que me agrilhoam a vontade de ir!
Medos estapafúrdios que não me deixam rir!
Serenidade e paz que não encontro.
Mania de ser diferente!
Aceita!
Ri!
Balda-te!
O mundo é de quem não se preocupa!
(Estrelinha)
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