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A mostrar mensagens de abril, 2021

A ti, Rui

  O Amor é assim. .. Difícil de definir e, tantas vezes, de entender. É paixão e outras vezes, exaltação, dúvida e destruição. É música no coração,  dança de almas reunidas em supra afeição. É vinho do porto,  adocicado e com um trago gostoso e delicado. É bebericá-lo aos golinhos, para que nenhum se prejudique  na nossa troca de carinhos. Amar é prometer-se ao outro, todos os dias,  contemplá-lo no espelho da verdade e dizer-lhe  amo-te, são tuas as minhas alegrias a tua presença, a minha serenidade, tão importante como a liberdade.  Amar-te é admirar o teu grande coração, a gentileza que nele mora, que transborda, sempre, em perdão. Amar-te é acreditar que serás sempre o meu porto de abrigo e o meu melhor amigo. PARABÉNS! (Celina Seabra)
  Salvador era um miúdo traquinas, por isso era o “ai, Jesus” lá de casa. A mãe vivia inquietada desde o seu nascimento precoce. Primeiro, foi a incerteza de vê-lo sobreviver. Era tão pequenino e tão frágil que temia pegar-lhe. Porém, a primeira vez que ele lhe agarrou o dedo anelar, sentiu-lhe a sua força interior. Prometia-lhe lutar para ficar ao seu lado. E assim aconteceu. Salvador cresceu em energia e boa disposição. Não temia o perigo e, para si, “o fruto proibido era o mais apetecido”! Por isso, se entregava a brincadeiras e a desportos radicais. Surfava a onda mais alta , para poder atingir o céu – dizia ele à mãe, sempre cautelosa com o rebento. - Experimentava o parapente para desfrutar da sensação de voo que cobiçava às aves. Trepava aos pinheiros, porque os esquilos convidavam-no a ver o mundo lá de cima. E sonhava esquiar os Himalaias. Nunca vira neve, por isso imaginava-a fresca e macia, como o leite e o açúcar em pó que a mãe usava para cobrir os bolos.   Q...
 Fazer mal, faz-me muito mal. Angustia-me e envergonha-me.  Acuada, aguardo o momento para voltar a sair da concha onde me refugio. Peço-me perdão por não me saber perdoar. A insegurança, que nunca se afasta,  (pastilha elástica que deixa grumos e sujidade. Enredo apoplético.) ocupa o trono da minha desilusão. No fundo sou só eu a minha frustração. Eu sou o meu juiz e advogado de acusação. Dispenso testemunhas. Entro livremente na masmorra e amordaço-me numa tristeza solitária... E enquanto não expurgo as minhas penas (só minhas) não me arrasto para a Luz. Perdoar-me não é fácil, sobretudo quando o teu ceticismo é egocêntrico. Por isso, perdoa-me Senhor, porque não sei o que valho. (Celina Seabra)
 VIDA um tapete que sacodes todas as manhãs, a oportunidade de abrires as janelas de par em par:  ocupa o espaço que pertencera à sombra,  o sol afugenta os monstros que enredaram os sonhos e a chuva - se o dia a trouxer -,  mata a sede de quem se apronta para a viagem. O importante está no abrir a janela  - ou o postigo ou a fenda - e na luz que deixaste passar.  Ocupa a clareza com que desencarnaste do papel de cético. Destrona as dúvidas, os medos que te entrevavam de ir.  Segura a tua mão para não te deixar desistir. A luz passou através de ti e sublimou-te em perfeição. Partiu-se a corrente que não eram senão pássaros suspensos no tempo. Deixaste de ser caos para seres universo e alojas em ti todas as estrelas do céu. (Celina Seabra)