VIDA
um tapete que sacodes todas as manhãs,a oportunidade de abrires as janelas de par em par:
ocupa o espaço que pertencera à sombra,
o sol afugenta os monstros que enredaram os sonhos e a chuva - se o dia a trouxer -,
mata a sede de quem se apronta para a viagem.
O importante está no abrir a janela - ou o postigo ou a fenda - e na luz que deixaste passar.
Ocupa a clareza com que desencarnaste do papel de cético.
Destrona as dúvidas, os medos que te entrevavam de ir.
Segura a tua mão para não te deixar desistir.
A luz passou através de ti e sublimou-te em perfeição.
Partiu-se a corrente que não eram senão pássaros suspensos no tempo.
Deixaste de ser caos para seres universo
e alojas em ti todas as estrelas do céu.
(Celina Seabra)
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