Fazer mal,
faz-me muito mal.
Angustia-me e envergonha-me.
Acuada, aguardo o momento para voltar a sair da concha onde me refugio.
Peço-me perdão por não me saber perdoar.
A insegurança, que nunca se afasta,
(pastilha elástica que deixa grumos e sujidade. Enredo apoplético.)
ocupa o trono da minha desilusão.
No fundo sou só eu a minha frustração.
Eu sou o meu juiz e advogado de acusação. Dispenso testemunhas.
Entro livremente na masmorra e amordaço-me numa tristeza solitária...
E enquanto não expurgo as minhas penas (só minhas) não me arrasto para a Luz.
Perdoar-me não é fácil, sobretudo quando o teu ceticismo é egocêntrico.
Por isso, perdoa-me Senhor, porque não sei o que valho.
(Celina Seabra)
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