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Mensagens

Viajar

Viajar de dentro para fora. - Hoje foi assim. Descobrir mundo. Vislumbrar novos espaços, novos horizontes. Acompanhar o nascer do sol, ir à descoberta da manhã que se espreguiça além fronteira e nos promete um novo porvir. Deixar-mo-nos escoltar pelas horas que só passam porque o sol nos orienta. Fileiras de sentinelas de girassóis, que em silêncio pedem ao céu água, ficam para trás. Deixá-los ficar. Em breve passarão a ser alimento. Cumprir-se-á o destino para que nasceram. A viagem prossegue. A brisa quente do verão apela à frescura de um oásis. Eis que se aproxima. Verdejante entre paredes que falam histórias de outros tempos. Cativante na sua expressividade de coisa estrangeira. Nas veias pulula um sentimento de outrora ter estado aqui. Mistura de raças, de línguas que pertencem à mesma mãe e outras, simplesmente, ao mundo. Cores chamativas. Quentes. Outras douradas como o trigo que contemplei pelo caminho. Ouro de um país. Riqueza da terra que se deixa lavrar ...

Eu gosto, e tu?

Gosto de gente verdadeira e direta. Gosto de quem não tem papas na língua, que floresce por fora, a mentira jamais em si mora. Gosto de gente humilde e que me surpreende, porque nem sempre se vê “ pela aragem quem vai na carruagem.” E todos sabemos que “o hábito não faz o monge.” Gosto de gente que me olha nos olhos e me deixa ler neles os seus pensamentos. Gosto de olhos expressivos; são a porta da alma. Gosto de gente que espera por mim e acompanha o meu passo, faço por elas o mesmo; esperar não é um fracasso. Gosto de gente que abre a porta e me convida a entrar. É gente que deixa o meu coração falar. Gosto de gente que retribui a chamada. Que tenta uma, duas, as vezes necessárias para comigo estar. Persistir, para não deixar partir. Gosto de mensagens sinceras, de palavras ternas, de mimos inesperados, São presentes divinos, laços bem apertados. Gosto de gente que não mente porque “promessas leva-as o vento” e atordoam o meu pensamento. Gosto de gente que ...

Em festa

O meu coração está em festa. Limpei as teias de aranha que ocultavam a luz que sempre nele brilhou! (Celina Seabra)

Encerrado

Acabou-se o desgaste mental com o que nos faz mal! Findaram os pensamentos negativos... colocavam a tua essência em perigo. Afastou-se quem o malmequer jogou Não valorizou quem por ti lutou. Sepultaram-se as angústias, os desassossegos, Custou, mas alegra-nos o desapego. Morreu a apreensão, a ansiedade, o frenesim Meticulosamente, recolhemos a perspicácia do bisturi... Hoje, somos só aconchego. Rio Mondego que em sossego serpenteia a montanha irregular a quem pertenço. Persistência, coragem, ousadia, audácia De todos estas qualidades, Hoje, me convenço. (Celina Seabra)

Eternidade

Os anos trazem sabedoria e maior compreensão. Apaziguam desilusões... Acredita, com o tempo desaparecerão. Nunca aconteceram. A eternidade faz-se hoje e sempre que abres os olhos ao mundo e deixas entrar o brilho do sol, mesmo quando as nuvens insistem em ficar. A eternidade é construída com ações. Ficarão tatuadas para sempre se foi com confiança e amor que as realizaste. A eternidade perpetua-se no que tocas, naquilo que crias e no que semeaste. Nunca serás eterno se não foste Tu. Nunca usufruirás da eternidade se fugires da Vida. " Carpe diem, quam minimum credula postero". (Celina Seabra)

Antissocial

Se sou antissocial? Hummm... Quem verdadeiramente me conhece o dirá. Se ser antissocial é gostar de estar sozinha, é afastar-se da agitação, do alvoroço, do diz que diz, então, sim, sou insociável. E apesar de todo o ceticismo que construo em mim, admiro esta posição. Não é para todos, na verdade. Mas a vida e o tempo encarrega-se disso. Dói estar só? Dói mais a desilusão. Amo o silêncio. Não aquele profundo, que incomoda e nos paralisa e nos tira as energias. Amo o silêncio cálido, aquele que nos abraça e nos tranquiliza com sons que só a natureza consegue traduzir. Amo as flores. Não as que corto ou me oferecem para colocar numa jarra , mas as que aprecio nos jardins, nos vasos que enfeitam varandas, nos peitoris que alargam as janelas,  no manto que a mãe natura tece espontaneamente. Amo a primavera e o sol que brilha sem queimar, a brisa que desalinha sem magoar, os dias frescos sem gelarem... Aprecio o cheiro da terra, recentemente...