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Metamorfose

Às vezes os dias parecem não ter sentido e parto numa demanda para a descoberta pessoal. Temo o silêncio que ouço em mim. Os pensamentos acabrunharam-se e procuro a sensatez e o brilho da ideia que me torna especial. As palavras ficaram suspensas e desordenadas e o silêncio permanece. Não há dor, nem raiva, mas falta a espontaneidade da alegria. A vida materializou-se e o que me impulsiona são os sentidos que teimam em ficar adormecidos tal "besta sadia". Mas luto contra a dolência e busco o discernimento, a clareza para explicar a quimera em que vivo. Depois concluo que é nas asas da imaginação que eu me realizo e sou feliz. Não é uma fuga ao mundo, é antes um ritual de preparação para o fortalecimento social.  São formalidades pelas quais se dá a metamorfose. A minha. (Celina Seabra)

Pensamento do dia

Fosse eu boa e seria capaz de perdoar quem não sabe perdoar. Mas sou imperfeita neste todo que construí em mim. Calo as palavras só para fingir ações e minto. Poluo o jardim a que pertenço e as flores murcham por sede da verdade. (Celina Seabra)

Farpas virtuais

Passam por ti tantos pensamentos, tantas questões, tantas dúvidas que reviram o teu mundo ao contrário. A vontade é vociferar e vomitar tudo o que ficou embrulhado naquilo que começa a ser um túmulo vivo. Depois verificas que o mundo prefere a mentira e tu voltas a fechar-te a sete chaves  deixando, mais uma vez, o lixo que a dor, a raiva e a vontade de dizer depositou em ti. Talvez, com o tempo, ele apodreça debaixo desse tapete que coloriste para poderes florir. Talvez, com o tempo, se transforme em fruto de bondade e possas expurgar-te das farpas que, até então, foram sempre virtuais. (Celina Seabra) (foto Google)
Quando esta tristeza estranha vagueia ao teu lado sem razão para tal, escolhe o degrau mais alto da tua casa e aprecia o céu. Há grandezas que são inexplicáveis, mas estão cá para te agradarem. Há silêncios que não precisam de explicação e são consolo. O céu é o infinito, sem princípio nem fim. Espelha-te nele e serás Cosmo. (Celina Seabra)

Prometo

Prometo não voltar a ceder a quem não olhou ao esforço que fiz para superar o orgulho. Depositei-o aos meus pés. Deixei que secasse a coroa de espinhos que o cercavam, porque acreditei que a vida não é mais do que um sopro e a soberba é a arma dos injustos. Não pensei que fosse tão difícil, mas libertei-me das correntes que me atrofiavam a alma que deve manter-se pura e, assim, pude encontrar paz. Não volto a vacilar e prometo não te olhar mais nos olhos, porque não têm o encanto dos girassóis. São névoas que encobrem o sol que me faz brilhar. E desse sim, preciso dele para sorrir. Por isso, vai! Leva contigo as nuvens que desmancham a aguarela perfeita Adicionar legenda que sou eu! (Celina Seabra)