Às vezes os dias parecem não ter sentido e parto numa demanda para a descoberta pessoal.
Não há dor, nem raiva, mas falta a espontaneidade da alegria.
Temo o silêncio que ouço em mim.
Os pensamentos acabrunharam-se e procuro a sensatez e o brilho da ideia que me torna especial.
As palavras ficaram suspensas e desordenadas e o silêncio permanece.
Não há dor, nem raiva, mas falta a espontaneidade da alegria.
A vida materializou-se e o que me impulsiona são os sentidos que teimam em ficar adormecidos tal "besta sadia".
Mas luto contra a dolência e busco o discernimento, a clareza para explicar a quimera em que vivo.
Depois concluo que é nas asas da imaginação que eu me realizo e sou feliz.
Não é uma fuga ao mundo, é antes um ritual de preparação para o fortalecimento social.
São formalidades pelas quais se dá a metamorfose.
(Celina Seabra)
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