Culpo o meu país, mas ele não tem culpa de nada. É um pequeno país à beira-mar, bafejado pelo sol e por uma gastronomia incomparável. É um país que a partir de um condado sonhou ser MAIOR e investiu numa gigantesca EPOPEIA. Partiu com medo mas a seu lado ía também a ESPERANÇA e o desejo de VITÓRIA e de FAMA. Fez-se GRANDE, o meu país, mas a FAMA apoderou-se dos que mandam. Pensaram somente neles. Vestiram RIQUEZA, esbanjaram FORTUNAS, destruíram o país que fora GRANDE. Voltaram à NAU CATRINETA e o PAPÃO massacrou o Povo que os fizera grandes. Hoje, o meu país continua a viver de ilusões. Hoje, o PODEROSO continua a roubar o PEQUENO e faltam o Robin dos Bosques e o Zé do Telhado… Hoje, os PORTUGUESES continuam a acreditar em quimeras e aceitam as migalhas que caem da mesa dos ricos. Hoje, continuamos a contentar-nos com arraiais, com sardinhas assadas, com festas provincianas, com jogos de futebol e trôpegos assistimos ao desfile dos que roubam e não são julgados...
Pensamentos em forma de poesia