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My friends...

Primeiro chegaste tu, Flash, à nossa casa.
Foste um cachorro desejado, sobretudo pelo príncipe cá de casa. 
Ainda me lembro da primeira vez que te vi. Vinhas dentro de uma caixa. Eras pequenino, tinhas pintas e achei que tinhas mais cabeça do que corpo. 
Eu era uma adulta que olhava para ti com um olhar diferente do de uma criança.
Em menina, amei os meus cães. Fui feliz com eles e chorei pelo Kapi e pela Doli...
Depois desejei não ter mais amigos caninos. E os anos passaram...
Ainda amei um que não era bem meu, mas era de alguma forma meu: o Juca! Este deu as boas vindas ao meu filhote. Ia ser destronado...
O Juca partiu...
E foi então - já o meu filhote tinha 11anos - que demos a oportunidade a mais uma amizade canina. E surgiste tu, Flash!
O nome faz jus à tua velocidade. Afinal, ainda pertences à família dos galgos. Gostas de correr, saltar e ser, sobretudo, livre! 
Adoras comer - e de tudo!!!
Detestas gatos e és muito meigo.
E eu, que achava que não te desejava, sinto hoje que fazes parte da nossa família. 
Eras " filho único" e achámos que precisavas de um amigo. E foi então, que o Faísca apareceu. Um bebé rafeiro, muito independente. Criou-se com poucos mimos - afinal era o segundo e não havia o medo de que saltasse o muro...
O Faísca é um cão de porte pequeno, mas " armado " a valente. Eu penso que é ele que manda no Flash, ou então, o Flash permite-lhe que seja " o cão " da casa. Pelo menos, não tem medo de foguetes nem dos trovões e nisso é um valentão! Não gosta de colo e desconfia de quem não conhece... É um cão cauteloso e um " amigalhaço"!


O teu tamanho com 2 meses...











Depois chegaste tu, Faísca...






Amigos para sempre.


Sou português!

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DRAGÃO DE FOGO

Um gigantesco  incêndio  lavra o meu país. É tão pequeno, este cantinho à beira-mar, e tão grande o dragão que há já alguns dias Tomou posse deste pequeno jardim… É um ser feroz, uma alma diabólica, egoísta, Que saiu das profundezas do inferno Onde estivera hibernado, e teima em fustigar de labaredas cintilantes um cantinho que já fora verde, muito verde, quase de encantar… A cauda chamejante, magnânima,  serpenteia  o meu Portugal E a alma diabólica, impetuosa, continua a criar paisagens dantescas. E sobre nós, um céu de bronze, asfixiante… As noites surgem  avermelhadas e fuliginosas Como se tivessem acendido milhares de archotes. Ao redor, paira a cinza e as faíscas queimam as fagulhas Que já foram pinho… Mas o dragão não é fácil de atacar. Cavaleiros da paz constroem armadilhas e lutam Dia e noite a fim de vencer a Besta. Vidas são dizimadas, ceifadas como ervas daninhas… Ao dragão nada importa a não ser o prazer...
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