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Mãe

Mãe não devia entristecer,
Pois seus filhos faz sofrer.

Mãe não devia parar...
Às suas crias bem estar tem de dar.

Mãe não devia adoecer
Saúde deveria sempre ter.

Mãe deveria ser força, muro forte, no qual se pode embater
Força ciclópica que não se deixa abater.

Mãe deveria ser feita à imagem do filho que a deseja bem ver
Sorrisos, palavras mágicas, dela deviam nascer.

Mãe deveria ser exemplo de virtudes e bom senso manter
Possuir alma de condor e nas suas asas os filhos acolher.

Mãe devia ser fogueira
Para a noite iluminar
E dos caminhos varrer todo o agoirento azar…

Mãe devia tesouros poder dar
E do coração palavras más afastar.

Mãe devia ser fada


Para o mundo poder reinventar
Pós de magia para de sapos, príncipes desencantar.

Mãe deveria ser Amor, Paz, Concórdia, Sabedoria…
Afastar a noite, ser sempre dia.

- Perdoa, filho meu, não ser como tu querias
  Sou tua mãe, com  defeitos e sem ricas pedrarias.
  Meu coração agro é…  no fundo comovente…
  Acredita, é meu desejo ver-te sempre contente!
  É meu modo de ser, meu jeito de viver

  Sei que contigo amar, hei de voltar a aprender.
( Celina Seabra)

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DRAGÃO DE FOGO

Um gigantesco  incêndio  lavra o meu país. É tão pequeno, este cantinho à beira-mar, e tão grande o dragão que há já alguns dias Tomou posse deste pequeno jardim… É um ser feroz, uma alma diabólica, egoísta, Que saiu das profundezas do inferno Onde estivera hibernado, e teima em fustigar de labaredas cintilantes um cantinho que já fora verde, muito verde, quase de encantar… A cauda chamejante, magnânima,  serpenteia  o meu Portugal E a alma diabólica, impetuosa, continua a criar paisagens dantescas. E sobre nós, um céu de bronze, asfixiante… As noites surgem  avermelhadas e fuliginosas Como se tivessem acendido milhares de archotes. Ao redor, paira a cinza e as faíscas queimam as fagulhas Que já foram pinho… Mas o dragão não é fácil de atacar. Cavaleiros da paz constroem armadilhas e lutam Dia e noite a fim de vencer a Besta. Vidas são dizimadas, ceifadas como ervas daninhas… Ao dragão nada importa a não ser o prazer...
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