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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2017
Nos teus ombros sinto que carregas parte do peso do meu mundo. Os meus pensamentos obscuros também te enegrecem e agrilhoam… Coloquei em ti toda a esperança do mundo e carregas a minha desilusão que se torna a tua desilusão. O teu silêncio é barreira. Será, talvez, a tua tábua de salvação. É a tua fuga à realidade e a tua juventude alicia-te a ir por aí. Não me macem! – pareces gritar nesse silêncio que te torna mais cabisbaixo. Carregas nos teus ombros o meu e o teu drama. E eu tenho pena de ti e raiva de mim! ( Estrelinha)

Sou múltipla

Sou múltipla e em mim digladia-se o Bem e o Mal, a Heroína e o Vilão, a Verdade e a Máscara. Sou fera, quando barbaramente ou injustamente maltratam os que amo e admiro acima de todas as coisas do mundo! Sou leoa quando decido enfrentar os meus medos que atrofiam os meus pensamentos e entorpecem as minhas ações e me determino a atingir os meus fins, porque o Medo é irracional e inimigo da perfeição. Sou malévola quando me deixo apoderar por sentimentos de inveja ou de ciúme. Sou automasoquista quando desvio o meu olhar das muitas alegrias que preenchem o meu mundo e finjo não as ver, porque o materialismo, a futilidade, cega-me! Sou insensível quando olho pelos olhos dos não misericordiosos. Sou Heroína quando abraço sem pedir nada em troca, quando defendo o injuriado, o injustiçado, quando estou ao seu lado ( mesmo sendo a única), quando partilho o meu alimento, porque não sou egoísta e beijo o desgraçado. Sou Justa quando avanço para a Verdade e nada temo. Sou trovão...

Talvez...

“ Somos múltiplos” e vivem diferentes “eus” dentro de nós. Quem duvida disso? A máxima universal diz-nos que “ quando alguém nasce, nasce selvagem”, mas a sociedade, a educação e o meio social intervém na nossa formação. Impuseram-se regras, leis, direitos para que a fera que habita cada um de nós pudesse permanecer adormecida, anestesiada, narcotizada… Mas um dia a sociedade que impôs, deixou de dar o exemplo e esqueceu as regras da boa educação, os direitos de igualdade, liberdade e fraternidade… O alimento moral e orgânico escasseou e a fera acordou. E num mundo onde não há pão nasce o ladrão e o vilão! A lei da sobrevivência apela a instintos animalescos e deixamos de reconhecer o Outro. A herança de Adão e Eva não se perdeu. Pertencemos à mesma árvore genealógica. Talvez necessitemos de ser expulsos do Paraíso para voltarmos a recomeçar… Talvez precisemos de uma nova arca da aliança, de um sinal, de um arco-íris para podermos voltar a ser felizes e a ver no Out...

Quando VioLência é julgada como não-violência

Talvez o horror das imagens em direto possam mudar as leis e tornar a Justiça mais justa! Estou horrorizada, indignada e dentro de mim soltou-se a fera que desejaria fazer justiça, repô-la, condená-la como se fosse um deus pagão, porque sei que o Deus cristão apela ao amor e ao perdão. Sou pacífica, cristã, mas depois do que vi, o meu lado selvagem pulula e reclama vingança, se não puder existir justiça! O homem quando nasce, “ nasce selvagem”, mas educamo-lo para ser inserido numa comunidade e para ser sociável. Porém, que valor tem esta máxima universal se o que vejo dia após dia é a implantação da VIOLÊNCIA? Que crédito tenho eu, afinal, quando, perante os meus alunos, apelo à não-violência? Que JUSTIÇA, afinal, protege o JUSTO? Que mãe ou pai sou eu que ensino o(s) meus(s) filho(s) a serem íntegros, honrados, bondosos, verdadeiros, quando afinal, me deparo e se deparam eles com corrupção, violência, mentira e me “roubam” os meus filhos, lhes batem e os condenam cruelmente à ...