“ Somos múltiplos” e vivem diferentes “eus” dentro de nós.
Quem duvida disso? A máxima universal diz-nos que “ quando alguém
nasce, nasce selvagem”, mas a sociedade, a educação e o meio social intervém na
nossa formação.
Impuseram-se regras, leis, direitos para que a fera que habita cada um
de nós pudesse permanecer adormecida, anestesiada, narcotizada…
Mas um dia a sociedade que impôs, deixou de dar o exemplo e esqueceu
as regras da boa educação, os direitos de igualdade, liberdade e fraternidade…
O alimento moral e orgânico escasseou e a fera acordou.
A lei da sobrevivência apela a instintos animalescos e deixamos de
reconhecer o Outro.
A herança de Adão e Eva não se perdeu. Pertencemos à mesma árvore
genealógica.
Talvez necessitemos de ser expulsos do Paraíso para voltarmos a
recomeçar…
Talvez precisemos de uma nova arca da aliança, de um sinal, de um arco-íris
para podermos voltar a ser felizes e a ver no Outro um verdadeiro irmão.
( Estrelinha)
Comentários
Enviar um comentário