Incompreendida, assim me fiz.
Castelos loucos têm sido derrubados.
Loucos porque acreditava ingenuamente na entrega, na aliança de 1+1 somarem dois.
Devoção, comunhão, partilha… em troca, nada!
Imaginei-me anjo, moldaram-me demónio.
Pedi verdade, recebi mentira e fingimento.
Eu não sei fingir – ou não sabia fingir.
Procuro o Anjo que, talvez, ainda exista em mim.
Despertam-me o demónio, a ira e procuro a esquivança.
Riem-se do conselho, da advertência, da verdade.
Troçam da sinceridade, da franqueza, da instrução, da competência.
O “ vil metal” turva a razão.
A palavra aprisiona-se na garganta.
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Castelos loucos têm sido derrubados.
Loucos porque acreditava ingenuamente na entrega, na aliança de 1+1 somarem dois.
Devoção, comunhão, partilha… em troca, nada!
Imaginei-me anjo, moldaram-me demónio.
Pedi verdade, recebi mentira e fingimento.
Eu não sei fingir – ou não sabia fingir.
Procuro o Anjo que, talvez, ainda exista em mim.
Despertam-me o demónio, a ira e procuro a esquivança.
Riem-se do conselho, da advertência, da verdade.
Troçam da sinceridade, da franqueza, da instrução, da competência.
O “ vil metal” turva a razão.
A palavra aprisiona-se na garganta.
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Mas há um lugarzinho especial
onde sou feliz. É ali que ainda, mora o Anjo que me desenhou.
O mundo rabiscou a imagem da perfeição.
Perdi as asas. Ganhei correntes.
E sinto falta da bondade e da gentileza que moravam naquele olhar que acreditava nos Outros.
Passei a ser como o Outro.
Por vezes, apenas, a borra do café que pra mais nada serve…
O grito rompe a bruma a que me entreguei: Beije-me com o beijo dos anjos!
Abrace-me como se não houvesse amanhã.
Toque-me para me preencher a alma.
Cative-me como se me quisesse para amigo eterno.
Ensine-me, de novo, a acreditar.
O mundo rabiscou a imagem da perfeição.
Perdi as asas. Ganhei correntes.
E sinto falta da bondade e da gentileza que moravam naquele olhar que acreditava nos Outros.
Passei a ser como o Outro.
Por vezes, apenas, a borra do café que pra mais nada serve…
O grito rompe a bruma a que me entreguei: Beije-me com o beijo dos anjos!
Abrace-me como se não houvesse amanhã.
Toque-me para me preencher a alma.
Cative-me como se me quisesse para amigo eterno.
Ensine-me, de novo, a acreditar.
( Celina Seabra)
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