Sou lua.
Tu és o Sol.
És magia, brilho e sorriso.
És caixinha de surpresas incrustada de joias singulares.
Eu sou pandora. Fiz-me enigma…
Mas sou tão fácil de ler…
Outrora fui epicentro e o sol girava à volta da lua.
Hoje sou a tua sombra.
Invejo o que não sou e odeio a mancha com que mascarei o meu
caráter.
Sou tão fácil de ler…
Mas guardei o sorriso num baú antigo.
Perdi-lhe a chave e o ferrolho empedrou.
E falta-me a força para o quebrar.
Receio as teias que se misturaram com o âmago que ali
encerrei.
E talvez não reste esperança.
Sou lua e não possuo luz própria.
Mas sou tão fácil de ler…
( Celina Seabra)
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