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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2018

Futuro

Os meus pensamentos são a minha visão interior. O pulsar tranquilo do coração diz-me que Tudo vai ficar bem. A tempestade vai passar, mas ainda não surgiu. A brisa morna alerta-me para o fingimento. " Cautela, não confies!" - avisa-me. - " A intempérie há de chegar!" Leio-me por dentro. Sou maga, mas não domino a magia. Os meus sentidos são os meus guias. Iluminam-me o caminho que ainda desconheço. Lá longe, no cruzamento para onde caminho, hei de parar E só ali decidirei o trilho novo a pisar. Haverá uma ponte para outro lugar? Apuro os ouvidos no silêncio que ecoa por dentro de mim. O mistério é imenso e desconheço-me. Suspensa sobre um caminho feito de livros penso no que ali posso escrever... O que lá está já não é meu... As páginas abrem-se em branco. O passado esfumou-se. Livro sobre livro... Construo uma escada para um novo voo. De livro em livro, subo um degrau para poder ver. A imensidão é igual à que observo dentro de mim. Planícies e...

Depois de ires...

O mundo perfeito envolve quem eu amo. Mas quem eu amo foge de mim... Abro a minha porta e a minha alma mas fecham-me a deles. Sou olvidável... Sorrio para não mostrar o meu choro de criança... Procuro o ilusório. Domino as palavras para não errar... Quem eu quero esconde-se de mim. Dentro, ouço um coração que volta a despedaçar-se. Vieste e foste e nem notaste que se partiu, novamente. Sou para Ti um cristal passageiro. Brilho, mas não te aqueço. Precisas de estrelas e eu sou a Lua. Sonho ser sol, mas sou o reflexo da sua luz. Em mim renasço para continuar a viver: cresço, diminuo, desapareço e volto a renascer... Por ti... Mas não dás conta. ( Celina Seabra)

Árvore de natal

Hoje quero pintar o meu coração de natal. Quero procurar a menina que ficou lá longe, a que sabia viver essa quadra. Quero rezar com ela. Quero pedir ao Menino Jesus proteção divina para os meus amores, para aqueles que são sangue do meu sangue. Quero erguer bem alto a árvore que resvalou, carregada de ramos inúteis. Para crescer para o alto, não precisa de acessórios! Quero-a liberta de frivolidades, para que não faça sombra a ervas daninhas. Vou retirá-la desse terreno baldio e imprestável… Vou cortar-lhe os galhos que podem cair a qualquer momento e ferir… (talvez, a mim…) Quero os insetos e os fungos longe dela. Quero a minha árvore arejada! Quero que o vento e a brisa a purifiquem... Depois, vou enfeitá-la com os sorrisos e os olhares daqueles que me cativaram. Não preciso de gargalhadas. Preciso de sorrisos compreensivos e recíprocos. No cimo colocar-lhe-ei o meu coração. Ali, talvez, o Céu se compadeça e deixe cair sobre ele estrelas da paz e ...

Pobre vs Rico

" Não peças a rico E não prometas a pobre"... Nunca o provérbio - voz do povo - esteve tão próximo da realidade do meu Hoje. Rico não dá. Queixa-se. Pobre não esquece. Necessita. Rico olha para ti apenas quando deseja extorquir-te alguma coisa. ( " Come a tua carne e despreza os teus ossos". Porque não tem dentes? Porque tem mais olhos que barriga.") Pobre olha para o chão e conta os seus passos no caminho que é de todos. Por vezes, não os distingue. Esquece-se de que são os seus. Rico nunca rouba. Serve-se do dinheiro dos outros para criar o seu império. Pobre pede ou envergonha-se de pedir... Rico tem sempre razão. Ai, daqueles que não lhe derem atenção! Pobre erra. Pede desculpa, titubeia e esconde o rosto na sua própria mão... Rico acha-se rei e pensa estar acima da lei. Pobre conta os trocados para pagar as contas ao Estado. Rico é capitalista. Acumula riquezas com o suor do proletariado. Pobre acha-se socialista. Na verdade, ele é um ideal...

Mary Did You Know by Clay Aiken

Mary did you know? with Lyrics - Performed by Stephanie Hunter - Pentato...

Palavrões e mais palavrões

Hoje apetece-me usar a linguagem de lixo que ouço todos os dias aos alunos que frequentam o Curso de Mecatrónica! Aquelas palavras, que caem mais frequentemente do que moedas rolam dos meus bolsos, fazem eco nos meus ouvidos. Ouço-as como quando alguém usa o pau de giz no quadro sem o partir! Roçam a minha lucidez e molham o meu bem estar.  A água límpida que é a minha serenidade fica, momentaneamente, emporcalhada. Às vezes finjo que não ouço. São palavras loucas, fúteis, inúteis, sem nexo... Mas cheiram-me a encardidas. E quando os alerto para o contexto em que se encontram, para as regras de bem conversar, olham-me como se eu fosse uma aberração. Falar mal está na moda! E não pensem que os palavrões bestiais, que são pronunciados em uma ou duas orações, são pertença apenas, de um grupo marginal ou de província! Os meninos ricos, de boas famílias também as dominam.  Hoje, parece-me que TUDO passou a ser visto como permissivo e usual.  Falar mal o portuguê...