A minha pequena dor será, também, a dor que tu ocultas.
É aquela que guardamos dentro do coração, longe dos olhos
dos outros, presa nas pestanas que curvas e escondem a lágrima que tremula.
É a dor de quem quer ir mais além e sente, por vezes, o
cansaço atravessar-se no caminho.
É a perda de equilíbrio sem chegar ao chão,
O sobressalto que faz pular, momentaneamente, o coração.
Fere sem te fazer sangrar; é espinho que se atreve a maltratar
e que passa com um beijo que sabe a sopro de luar.
A minha pequena dor só eu a sinto e sei que só o tempo a poderá cicatrizar.
(Celina Seabra)
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