Deste lado estou só eu.
É aqui que me revejo e me realizo.
Sem espelhos, sem regras,
Sem espelhos, sem regras,
ao natural,
Esta sou eu,
entre flores e borboletas,
vestida do oiro solar nos dias longos de Verão,
trajando o prateado ao luar.
Pés descalços na terra,
minha morada eterna.
Aqui sou a minha verdade e acho graça à singularidade do meu Eu.
Sou filha do infinito.
Sou grão de areia.
Sou nuvem, nos dias cinzentos
e estrela nas noites de insónia.
Descubro-me e desculpo-me.
Prendo-me à corda do tempo
e contemplo a alegria de ter sido viajante este tempo.
Ouço os risos,
os soluços presos na garganta,
as vitórias aquando o teminus.
Hei de partir, novamente.
O passaporte - para embarcar rumo a outro sítio,-
aguarda-me na surpresa que se abrirá em breve.
Porém,
é
Aqui,
a este lugar
do lado de cá
Que desejo sempre regressar.
(Celina Seabra)
Que desejo sempre regressar.
(Celina Seabra)
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