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Mensagens

A ti, Rui

  O Amor é assim. .. Difícil de definir e, tantas vezes, de entender. É paixão e outras vezes, exaltação, dúvida e destruição. É música no coração,  dança de almas reunidas em supra afeição. É vinho do porto,  adocicado e com um trago gostoso e delicado. É bebericá-lo aos golinhos, para que nenhum se prejudique  na nossa troca de carinhos. Amar é prometer-se ao outro, todos os dias,  contemplá-lo no espelho da verdade e dizer-lhe  amo-te, são tuas as minhas alegrias a tua presença, a minha serenidade, tão importante como a liberdade.  Amar-te é admirar o teu grande coração, a gentileza que nele mora, que transborda, sempre, em perdão. Amar-te é acreditar que serás sempre o meu porto de abrigo e o meu melhor amigo. PARABÉNS! (Celina Seabra)
  Salvador era um miúdo traquinas, por isso era o “ai, Jesus” lá de casa. A mãe vivia inquietada desde o seu nascimento precoce. Primeiro, foi a incerteza de vê-lo sobreviver. Era tão pequenino e tão frágil que temia pegar-lhe. Porém, a primeira vez que ele lhe agarrou o dedo anelar, sentiu-lhe a sua força interior. Prometia-lhe lutar para ficar ao seu lado. E assim aconteceu. Salvador cresceu em energia e boa disposição. Não temia o perigo e, para si, “o fruto proibido era o mais apetecido”! Por isso, se entregava a brincadeiras e a desportos radicais. Surfava a onda mais alta , para poder atingir o céu – dizia ele à mãe, sempre cautelosa com o rebento. - Experimentava o parapente para desfrutar da sensação de voo que cobiçava às aves. Trepava aos pinheiros, porque os esquilos convidavam-no a ver o mundo lá de cima. E sonhava esquiar os Himalaias. Nunca vira neve, por isso imaginava-a fresca e macia, como o leite e o açúcar em pó que a mãe usava para cobrir os bolos.   Q...
 Fazer mal, faz-me muito mal. Angustia-me e envergonha-me.  Acuada, aguardo o momento para voltar a sair da concha onde me refugio. Peço-me perdão por não me saber perdoar. A insegurança, que nunca se afasta,  (pastilha elástica que deixa grumos e sujidade. Enredo apoplético.) ocupa o trono da minha desilusão. No fundo sou só eu a minha frustração. Eu sou o meu juiz e advogado de acusação. Dispenso testemunhas. Entro livremente na masmorra e amordaço-me numa tristeza solitária... E enquanto não expurgo as minhas penas (só minhas) não me arrasto para a Luz. Perdoar-me não é fácil, sobretudo quando o teu ceticismo é egocêntrico. Por isso, perdoa-me Senhor, porque não sei o que valho. (Celina Seabra)
 VIDA um tapete que sacodes todas as manhãs, a oportunidade de abrires as janelas de par em par:  ocupa o espaço que pertencera à sombra,  o sol afugenta os monstros que enredaram os sonhos e a chuva - se o dia a trouxer -,  mata a sede de quem se apronta para a viagem. O importante está no abrir a janela  - ou o postigo ou a fenda - e na luz que deixaste passar.  Ocupa a clareza com que desencarnaste do papel de cético. Destrona as dúvidas, os medos que te entrevavam de ir.  Segura a tua mão para não te deixar desistir. A luz passou através de ti e sublimou-te em perfeição. Partiu-se a corrente que não eram senão pássaros suspensos no tempo. Deixaste de ser caos para seres universo e alojas em ti todas as estrelas do céu. (Celina Seabra)

Não custa nada ser sincero...

  Porque teimas em mentir? (Perdoa “ encobrir…”) Camuflar o que não se quer dizer é arranjar matéria para mais tarde se arrepender. Quando te rodeias de mentiras, Armadilhas o ardil do afastamento dos que acharam, em ti, poder confiar. O tempo há de desmascarar-te e por a descoberto o caráter do que nunca foi fiável. E as mil verdades, mascaradas de mentira, hão de matar um só sentimento… O Respeito que eu tinha por ti.   (Celina Seabra)

Beijos

Beijos de todas as cores são os que te dou todos os dias.  Suspensos nas ações, brilham na noite que, de repente, se faz dia.  São beijos singelos, aqueles em que troco mimos, carícias, sentimentos que  criam açucares na alma. São bombons de chocolate,  dietéticos, que derretem na boca  e me poem louca, insatisfeita, gulosa por querer mais. Por isso, BEIJA-ME muito, meu amor. (Celina Seabra)

Hino

  Não ser como tu, primavera, que entras de rompante e espalhas luz e cor por onde eu caminho! És poderosa e mística. Tua confiança surpreende a minha insegurança de todos os dias. Os meus poros absorvem os perfumes que encantam a natureza que floresce ao teu redor. Tudo em ti é perfeição e luz. Caminhas e os teus passos são feltros de múltiplas cores que estampam no cinzento do inverno a esperança da renovação. Tua áurea é esperança e otimismo e os teus gestos asas de aves exóticas que rebentam dos trajes principescos com que te vestes. Tocar-te cura o meu ceticismo, enquanto olhos cegos se vislumbram com uma aurora de ouro.   (Celina Seabra)