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  Q uase, quase a iniciar um novo capítulo no livro da vida. A viagem fez-se tranquila e deixei para trás uma história bonita.  O espaço abriu-se e descobri enredos e personagens singulares.  O céu foi meu companheiro todos os dias e o silêncio fez-se, muitas vezes, oração: eu e Deus,  Deus e eu, eu e o Infinito, o Infinito e eu.  Passei a olhar mais para o céu  e menos para baixo. A Paz pegou - me na mão e prometeu não me largar. E foi assim que finalizou este ano letivo / este recente capítulo. Trouxe, agarradinha a mim,  saudades,  aprendizagens e muitas memórias! Sinto e releio, através dos olhos da alma ( os mais verdadeiros!)  os sorrisos,  os abraços,  as conversas,  os desabafos,  as gargalhadas e, também, algumas lágrimas. Trago a sabedoria do "PARTILHAR faz-te tão bem!" Carrego comigo muitos enlaces genuínos e eternos! A música que ouço é, ainda, a das vozes dos meus "pequenitos".  Foram-me dados, todos os d...
  Esta solidão sou eu. Não sou tristeza, Nem antipatia... Sou silêncio, Paz sem nome, Som sem ruído. Só trinados em sinfonia nascidos da mão de Deus. Esta solidão é feita de encontros comigo. É descoberta e banhos batismais. É a conversa entre o início e o meio para preparar o fim. Esta solidão sou eu Que procuro decifrar o alimento Com que saciarei o meu presente. É a minha forma de refletir no Agora, De meditar a essência do que fui e sou. (Celina Seabra)                                                            ( imagem retirada do Pinterest)
  O gigante continua adormecido. Há séculos que se entregou à Terra, sua amante inebriante. Entregou-lhe as armas de guerreiro e fez-se agricultor. O seu corpo, Estendido ao comprido, floriu em oliveiras e pinheiros mansos. Hoje, Ouve o chilrear dos pássaros e o vento canta canções de paz. Quase esqueceu os gritos de quem sente a lâmina da morte e o fogo inimigo. O sangue foi lavado pela chuva que o visita para a rega.  E os gritos sossegaram em preces. O rugido do gigante uniu-se à seiva e agora só brota Vida. Tivéssemos nós a capacidade de entregar as armas, para construirmos a Paz todos os dias. Felizes os que reconsideram e se entregam a nobres causas! (Celina Seabra)
  Não gosto de olhar para trás.  É como ensinar o caminho à perdição. O que vivi, foi-se, porque tinha de ser e não me apetece viver o passado. Não foi triste, ainda que sem surpresas.  Foi brisa passageira, uma história normal entre gente vulgar. Não me apetece olhar para trás.  A criança que fui, trago-a comigo, entre sucessos e derrotas.  Libertei-a da capa do medo desnecessário.  Bastava ter acreditado em mim, mas Sufoquei - me em complexos ridículos e tive medo de voar. Abrir as asas e lançar - me em voo demorou o seu tempo.  Não era condor, era rola assustada a aguardar o vento certo. Hoje o voo fez-se de aceitação e experiência.  Não embarco em voos altos, porque prefiro a estrada para caminhar  e há ali gente por encontrar. (Celina Seabra )
  Este é o nosso dossel. Feito dos raios de sol e do verdejante da natureza,  que nos abriga da intromissão. A música romântica - francesa -  embala os nossos sussurros,  doces suspiros que Afrodite nos deu a provar. A paz espreguiça - se ao nosso lado.  E sorri por nos ver felizes e saciados. O Amor  enroscou-se nos nossos corpos que se fundiram num só. A magia de nos pertencermos ainda não se foi. Neste nosso canto de mundo,  renovamos votos, apreciamos as marcas que o tempo tatuou e juramos fidelidade eterna. (Celina Seabra)
  Deste lado estou só eu. É aqui que me revejo e me realizo. Sem espelhos, sem regras,  ao natural,  despida de tudo e longe de todos. É aqui que sou eu: assim, imperfeita, sem roupagens, sem cerimónias. Esta sou eu, entre flores e borboletas, vestida do oiro solar nos dias longos de Verão, trajando o prateado ao luar. Pés descalços na terra, minha morada eterna. Aqui sou a minha verdade e acho graça à singularidade do meu Eu. Sou filha do infinito. Sou grão de areia. Sou nuvem, nos dias cinzentos  e estrela nas noites de insónia. Descubro-me e desculpo-me. Prendo-me à corda do tempo e contemplo a alegria de ter sido viajante este tempo. Ouço os risos,  os soluços presos na garganta, as vitórias aquando o  teminus. Hei de partir, novamente. O passaporte - para embarcar rumo a outro sítio,- aguarda-me na surpresa que se abrirá em breve. Porém, é Aqui, a este lugar  do lado de cá Que desejo sempre regressar. (Celina Seabra)
  Tal lobo faminto que não encontra presa nas serras distantes e lugares recônditos,  o fogo desce às localidades e assusta o povo incauto. A chuva aprisionada no universo sofrido, espreguiça, nas suas férias prolongadas.  Os óculos de sol adormeceram a sua sede e agrada-lhe o morno dos dias que se espraiam à distância. As rezas não chegam aos ouvidos, entretidos com a música celestial e ligados aos auriculares. Os homens merecem este tempo de reflexão.  O universo arde numa imagem apocalíptica.  É lamentável tanto egoísmo e distração.  Guerras inexplicáveis, fundadas em desejos megalómanos acentuam a fome.   Dinheiro mal distribuído e mal empregue. Direitos vandalizados e deveres trocados.  Declarações, leis, palavras escritas guardadas em folhas amarelecidas.  Floreado fingido... Fútil. (Celina Seabra) Imagem retirada do Pinterest