Sim, tentei.
Quis mostrar que estavam enganados.
Quis reivindicar a minha verdade.
Palavras soltas...
Levou-as o vento.
O tempo amainará esta dor pequenina.
É uma dor que não se vê. Remexe-se cá dentro; não sei bem onde, mas incomoda.
É um vazio entre a multidão que passa e não repara que tudo passa.
É um sangrar que se limpa com a boca, quase invisível, mas dói.
Vontade tenho eu de abrir a janela e - tal como um lençol que se agita lá fora para oxigenar - sacudir para bem longe esta dor pequenina que ninguém vê,
mas que permanece presa numa cavidade que desconheço.
( Celina Seabra)
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