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AVÓ

AVÓ Lembro-me dela, já eu era uma menina de seis ou sete anos de idade. Chegara de França, país que a recebera, que a acolhera e lhe permitira a sobrevivência de um futuro mais promissor, cauteloso… Era pequenina, de cabelos escuros, onde alguns cinzentos já apareciam. Teria cinquenta anos? Mais? Menos? Recordo-a naquela casa que hoje é minha, à entrada da porta, onde uma hortênsia de cor azul-céu, era saciada, quase diariamente, pela água que o meu avô, homem sensível, não esquecia de lhe colocar… Pequenina, branquinha ( no momento, “ brancura era formosura” e ela seguia à risca o adágio popular!), de pele mimosa – herança que terá passado às filhas e a alguns netos), vigiava o horizonte, numa forma de se sentir viva, presente, num mundo fechado, que ocupava apenas porque Deus mandara. Vivia da Fé, da Concórdia, da Justiça, da Simplicidade, da Humildade que idolatrava e apregoava. Aparentemente, era simples : vestia, sobretudo, de escuro ( o azul que muito apreciava), c...

Simplesmente MULHER

Não sou a mulher fatal que desejei ser. Não possuo olhos azuis, cabelos loiros, nem maçãs do rosto perfeitas. Não sou Marilyn Monroe, nem Grace Kelly, nem tão pouco a Adele ou a Arabela de que fala Cecília Meireles. O meu corpo não é esguio, as minhas ancas não são estreitas nem os meus seios volumosos, nem as pernas altas e perfeitas... Sou latina, portuguesa, mas há quem me pinte chinesa! Sou pequena, de poucos encantos, mas também de poucos enganos. Sou humilde, por vezes, temperamental, mas acho-me muito natural. Sou redonda, sentimentalista, serrana, mas a minha alma é bem lusitana. Sou preguiçosa, melosa, atenciosa, mas não pensem que não sou perigosa! Sou burguesinha, para alguns jeitosa, para outros manhosa e até dispendiosa. Sou mulher, esposa amada, mãe carinhosa, melindrosa, curiosa, protetora e, também, professora. Sou feliz, infeliz, alegre, triste, mas também sou alguém que não desiste. Não sou princesa, nem deusa, nem de corpo e alma escorreita... Chamam-me ...

Sou

A brisa que sopra lá fora leva com ela a minha alma vazia. Sou ar, sou nuvem passageira, sou arco-íris, sou pôr do sol que desaparece devagarinho no horizonte. Sou libélula, louca, efémera que toca as flores para se sentir viva... Sou o amanhecer que raramente descortino, que raramente contemplo e que apenas sonho... Sou um pequenino ponto no universo que navega sobre mim e com um abraço me fecha no planeta azul, que já foi mais azul... Sou o eco que se propaga no local certo... Mas depois esmorece, lentamente, até ser nada. Quem me ouve? Quem me guarda num lugar só seu? Lembro! " Sou luz", sou benção para alguns; sou Amor, inocência, decência, omnipotência... Sou circulo perfeito, sou o ar que libertam do peito... Sou um deus, pequenino, por eles eleito!
https://www.youtube.com/watch?v=MAulPfzOJdI " Se queres uma amigo, cativa-me..."  "Tu és responsável pela tua rosa" É assim que eu defino, também, o verdadeiro amigo... Foram poucos os que me cativaram... Vale a pena recordar e ler o capítulo XXI da obra O Principezinho de Saint-Exupéry Antoine de Saint-Exupéry: E foi então que apareceu a raposa. __... E foi então que apareceu a raposa. __ Bom dia - disse a raposa. __ Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, que , olhando a sua volta, nada viu. __ Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira... __ Quem és tu? - perguntou o principezinho. __ Tu es bem bonita... __ Sou uma raposa - disse a raposa. __ Vem brincar comigo - propôs ele. __ Estou tão triste... __ Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. __ Não me cativaram ainda. __ Ah! desculpa - disse o principezinho. Mas após refletir, acrescentou: __ O que quer dizer "cativar"? __ Tu não és daqui - disse a rapo...

20 de julho - Dia do melhor Amigo

20 de julho - Dia do melhor Amigo Ter um amigo é maravilhoso. Ser amigo de alguém ainda melhor; é como recordar e sentir o Sol a brilhar. Um amigo é alguém com quem se está bem. Mas um amigo é muito mais do que isso! É alguém que pensa em ti quando não estás aqui. Nunca se está realmente só quando se tem um amigo. Amigo é uma palavra bonita. É quase a melhor palavra! Leif Kristiansson (tradução de Sofia de Mello Bryner Andersson)

DESEJOS

     O Homem carrega nos ombros a sua própria história.                 A sua vida é o seu projeto. Os obstáculos, as conquistas, as vivências são suas, fazem parte da sua caminhada.                 Dentro de si carrega o sangue de gerações e com ele o genes de tudo aquilo que ele é.                Não há como fugir ao que se herdou, à linha hereditária que nos conduz ou para o sucesso ou para o precipício.              Eu sou fruto do trisavô, da bisavó, do avô, da avó, do pai, da mãe e de tantos outros que ficaram para trás, na minha árvore genealógica.                 Trago comigo crenças, a loucura, as depressões, mas também a força ...

Professora

“Vinte e nove meninos, entraram no meu caminho Rostinhos diferentes, mentes distintas, olhinhos atentos, eram tudo aquilo que eu queria… João e Maria, no entanto, nem tudo faziam… Anabela e Maribel, tudo passavam para o papel. André e João, andavam ao empurrão e chamavam a minha atenção. O que fazer nesta situação? Puxar as orelhas? Chamá-los à razão? Dar-lhes um safanão ou dar-lhes simplesmente a mão? Arranjar estratégias? Diferenciar matérias? Flexibilizar métodos? Era o que o Mestre pedia, mas eu, no meu dia a dia, nem sempre isto fazia. Outros factores, outros labores se projectavam e o meu trabalho, enquanto prof., aumentava. Que fazer para convencer e não entreter e ao professor obedecer? Teorias não vão aprender mas, decerto, comigo vão CRESCER! Corrigir, alterar, rasurar até encontrar um bom método para ENSINAR! Aumentar o sentido e o interesse escolar, é o meu lema, afinal!” ( Celina Seabra)