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És egoísta e eu continuo a deixar-me envolver por ti e a querer acreditar que Tu não és assim como te julgo... Convences-me e eu deixo-me levar... A tua voz sibila no meu ouvido e o teu som é de encantamento. Olho-te, ouço-te e sei que não és quem eu queria que Tu fosses... Combinas, descombinas... Concordas, discordas... és meio termo, incompleta! És cega ou não queres ver... Agradas a dois deuses, a dois amigos, a duas frentes opostas... Só pensas em ti. Não te preocupam os Outros nem o que pensam... Não pedes desculpas e finges não ver ou então, és invisual. És ardil, manhosa, subtil, trapaceira... Vejo as tuas lágrimas e já não me incomodam. Vejo o teu sorriso e já não me encanta. Ouço-te e já não acredito. Hoje sei que és Quimera! Nunca mereceste o trono que criei para Ti. Não tens sequer noção do quanto foste importante para mim. Hoje rio contigo, mas afinal apenas te imito... deixo-te acreditar que acredito. Em mim, criaste a desconfiança - vil sentimento! A fer...
Truz, Truz... O outono da vida chegou. Porém, a criança de outrora continua inteira dentro de ti. O VENTO FUSTIGOU... A CHUVA LIMPOU... O SOL AQUECEU... para de novo te robustecer. A primavera passou depressa, quando TU achavas que nunca mais crescias.  O verão gerou em ti a semente que germinou... Mudanças, fortaleceram-te. Entre as lágrimas, aprendeste a rir, a olhar de bem para ti... O espelho deixou de te mentir e aceitaste que és uma princesa. Os medos permitiram-te criar degraus para subir. Derrubaste os monstros que te impediam de olhar verdadeiramente a vida e passaste a tratá-la por Tu. Agora é só deixares que a brisa morna do outono te conduza até ao inverno. E depois, existirá apenas SILÊNCIO...
ESTOU TÃO CANSADA DE DESIGUALDADES!!! Estou tão cansada de ter de pagar por erros que não cometi. Estou tão cansada de cobrar dívidas que foram deixadas por senhores tão honestamente corruptos! Estou tão cansada de ligar a televisão e de ver os telejornais a publicitarem as tragédias nacionais e mundiais! Estou tão cansada de leis que não servem para nada e que estão anualmente ( ou então mensalmente!) a ser mudadas porque mudou a cor dos partidos! Estou tão cansada de ouvir falar numa hipotética 3ª Guerra Mundial, quando todos os dias as notícias exibem crimes efetuados por "bestas" a quem apelidamos de terroristas! Estou tão cansada de descontar, de pagar impostos e ver que a dívida do meu país aumenta a olhos vistos! Estou tão cansada de ver em corropio aquele que devia governar o meu país, mas quer agradar a " gregos e troianos"! Estou tão cansada do consumismo da vida que nos aprisiona numa felicidade supérflua. Estou tão cansada de ser agradável, de...
Faço minhas, estas palavras! Tão certas e tão sábias!
    A oito dias do Natal, sinto em mim uma pequena nostalgia que não deveria cá estar... Tenho pai, mãe e uma família linda a meu lado, e há um vazio que teima em instalar-se naquilo a que eu chamo o cofre dos sentimentos.    Não respiro Natal. Não é aquele Natal de outrora: simples, mas MÁGICO. A iluminação quase não existia, mas o meu coração brilhava de alegria. Era a época mais bela do ano. E não era apenas pelos presentes, pois estes tinham de ser merecidos e consciencializavam-me de que tinha de ser " boa ", " humilde " e tinha de rezar muito ao Menino Jesus. E eu rezava. Juntinho ao presépio, muitas vezes, só, rezava-lhe para me perdoar aquelas maldades que hoje não são maldades... E o Menino parecia sorrir para mim. E cantava-lhe canções de Natal e era feliz!    Não sei se hoje alguma criança vive, como eu vivi ( ou Tu, que me percebes) o Natal de há 30 anos atrás. Cantava pela paz no mundo, Rezava pela família, para ser mais unida; pedia saúd...
Desde menina desejei abraçar a profissão de professora. Gostava de crianças, de brincar, de sonhar, de ensinar e também de me deixar prender pelo saber. Era tímida, mas muito sonhadora. As minhas melhores vivências foram-me oferecida pela escrita. As palavras, as frases nem sempre certas, permitiram-me viajar e realizar aquilo que apenas era possível através da imaginação. Tornei-me adulta e fiz-me professora. Primeiro, em passos lentos, ainda insegura; depois mais madura, mais segura, mais dotada a cativar quem tinha à minha frente. Os primeiros alunos davam-me " luta ", pois tinham ânsia de saber. E um professor, claro, tem de manter-se informado. E sentia que valia a pena aprender para ensinar porque o feed-back era recíproco. As turmas eram mais pequenas e os alunos mais quietos, mais respeitadores, mais cientes da distância que separa o Mestre do discípulo. Nunca gostei de ser autoritária e foi sempre com alguma candura, carinho, que cheguei aos alunos mais inquieto...
Quando eu for velhinha, quero que me abraces assim, juntinho a ti, para sentir o teu coração palpitar junto ao meu. Quando eu já tiver rugas e cabelos brancos, quero contar-te histórias, embalar-te na minha voz, trespassar-te do meu passado para que possa fazer, também, parte de ti. Aceita, é a minha herança. Há quem plante uma árvore, escreva um livro… eu deixo um filho… sangue do meu sangue, fruto de amor e réstia de esperança. Marca de que por aqui passei também. Quando eu for velhinha, deixa que eu encoste a minha cabeça à tua e, no silêncio, daquilo que ainda visiono, deixa-me cantar melodias, cantigas de infância ou histórias tontas, alegres ou simplesmente, tristes. Escuta-me com doçura e ata as tuas mãos às minhas… Escuta comigo o silêncio e partilha a tua hora de compaixão ou paixão juntinho a mim. Olhemos o horizonte, sentemo-nos na relva do nosso jardim, que outrora cuidei, amei e onde fui feliz. Se soubesses como escutei a voz da terra  e entendi, finalmente,...