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Mensagens

Reflexão à minha moda

Hoje até percebi. O vetor liga-se, sem dúvida, à lei da gravidade. Dois corpos opostos atraem-se, deixou de ser singularidade. Nas relações nem sempre é assim, ainda que o inevitável insista em dizer que sim. A diferença, se no início, caminha em direção distinta, mais tarde encontra a insistência que nos baralha os sentidos e os pensamentos e nos interliga ao que fugíamos. E a insistência faz-se natural e entranha-se e não se estranha. Também, o vetor simétrico nos dá outra lição, caminha na mesma direção, apresenta o mesmo comprimento, mas segue sentido oposto e nada tem a ver com o equipolente que, ainda afastados, são amigos e parentes. E dão-se as translações e, por vezes, as rotações,  o mesmo acontece nas nossas relações. Também as nossas direções e escolhas  de cada um depende,  da esquerda para a direita ou de cima para baixo, todas têm em comum o positivo e o negativo,  mas o importante é escolhermos o caminho assertivo. (Celina Seabr...

Reflexão : Filho és, pai serás...

“Quando eu crescer não quero ser velha.” Sim, quando não puder tomar conta de mim, quando não me puder defender, quando calarem a minha voz, quando não puder fazer a minha higiene pessoal, quando não me puder vestir ou calçar, quando não me reconhecer enquanto pessoa... Não quero ser velha.      A sociedade é narcisista e vive da aparência e de uma solidariedade postiça a que chamo egoísmo.           Os sentimentos afloram a partir da necessidade de cada um e deixou de fazer parte da construção pessoal. Cansamo-nos facilmente dos outros e, às vezes, até de nós.         A compaixão vive amedrontada, porque ser bom, subserviente de uma causa implica coragem e determinação. Hoje é mais fácil não nos preocuparmos com os outros e este sentimento começa já nas nossas casas. Trabalhamos o dia todo, cumprimos horários saturantes, carregamos os filhos para atividades que antes pertenciam aos  Jet 7 , mas que ho...

A problemática da matemática

Matemática dos algarismos Que cativam uns e tonteiam tantos e os mais comuns. (E também a mim.) Conjunto de letras que procuram respostas concretas, raízes quadradas encobertas em cálculos, tantas vezes, inatingíveis. Símbolos do mundo visível encoberto em teorias que são enigmas para os que não o atingem. Porque há quem veja, descubra apenas as letras que, estas sim, são concretas e conjugadas se tornam palavras infinitas. Porque sonhar é infinito. Não há barreiras, nem chavetas que desdobram ou escondem sinais necessários para a multiplicação e a divisão. E os casos notáveis lembram-me os senhores pomposos que se encobrem nos parênteses que os elevam ao quadrado. E IGUAL (=), para mim, não se cinge à conta que se faz no quadro, ao cálculo que complica o direito que a todos pertence. Casos notáveis recordo os que se destacam dos outros, os que se particularizam porque são a diferença do comum, os que se singularizam pelas ações . as negativas e as positivas -, os que se e...

CONFISSÃO

          Meu filho,           às vezes finjo que me esqueço de ti.           Deixo que abras as portas sozinho para que explores a luz que se espalha por todas as divisões.        Encontrarás portas fechadas, mas o tempo, a persistência dir-te-ão como as abrires sem que tenhas de as empurrar.           Às vezes, meu filho, faço de conta que não te vejo, só para que possas ser tu a observar-me.           Pelo canto do coração espio-te e sei que os teus passos nunca mais hão de esquecer os que te ensinaram a caminhar. (Celina Seabra)

Pensamento da semana

A escola deveria ser um lugar de encontros e de partilhas.                                                         (Mas ouço gritos e os gestos traduzem desconfiança.) Os recreios deveriam exibir risos, brincadeiras, abraços e felicidade pelo Reencontro ( "o tempo letivo passou e eu estou aqui de novo, contigo, pronto/a a ouvir-te, a conhecer-te, a amparar-te porque eu sou teu/tua amigo(a) e quero cativar-te.").                                            (Mas vejo solidão e desunião.) A escola deveria ser um lugar mágico onde as palavras boas se encontrassem e fizessem poesia ou outra arte qualquer.                                   ...

Pensamento do dia: Descomplicar

Se ontem a insegurança te fez chorar, hoje o sorriso prendeu-se aos teus lábios e ainda mais ao teu coração. Descomplicaste os medos. A encruzilhada perdeu a energia negativa que achaste ter. Deixaste que a vida te acompanhasse, passo a passo, sem pressas, sem antecipações, sem presságios cegos, sem fobias que criam precipícios onde não existem, mas nos quais acreditas. Afasta-te da inquietação que te assombra a alma, que te dobra face à cobardia e desencoraja a esperança que puseste nos teus objetivos. A vida só  te pede paz e paciência. O desânimo é primo direito da cobardia e Tu és filho de um tempo infinito. Cria a tua história e usufrui do dia. Todos os livros compilam capítulos alegres e outros menos bons, mas é isso que os distingue com o prémio de mérito. (Celina Seabra)

O Amor, às vezes, é assim

O Amor não se mede aos palmos. O Amor surge do nada só porque tinha de ser. Chega quando menos esperas. Deseja-lo? Talvez não, mas ele aí está. Bateu à tua porta. Às vezes, suavemente, quase sem reparares, esse sentimento de deslumbramento apanha-te. Não deste por ele, ou suposeste que não era Amor.  Foi amizade, primeiro, depois prendeu-te, tal como faz o bebé que chega ao teu mundo. Esperava-lo, mas achavas que não era assim. É novidade. É falta de experiência que é posta em prática. É instinto humano. Observas, cheiras, admiras, testemunhas e um dia dás por ti apaixonada. Perdidamente apaixonada... O triunfo é teu, porque houve encantamento, dedicação, entrega, afeição e sedução. Foste arrebatada do teu mundo terreno para beberes do cálice da salvação. O Amor,às vezes, é assim. (Celina Seabra)