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Mensagens

Permite - te caminhar sem pensares no passado. Foi bom? Ainda bem. Permanecerá no álbum das tuas memórias. Foi menos bom? Tinha de ser. Pudeste saber o que é sofrer. Tiveste coragem para renascer. Deixa para trás o que te angústia. Aceitar a Vida sem grandes questões é o cerne da Alegria. Investe nesse novo caminho Porque é trilho, é passagem, é estrada. E se há estrada há rumo, Há casas, jardins, Vales e serras, Mar e Terra. Aprecia o passeio e deixa que o sol te empreste a luz do calor humano, o brilho do riso espontâneo e a incandescência de saber cativar o Outro. Sê astro - rei mas sê também Lua Porque há de haver sempre um princípio e um fim, um nascer e um pôr do sol, esperança e desilusão... Deixar ir o que já foi teu é ter a coragem de mergulhar em águas novas sem te despedires da nostalgia do tempo que guardaste, achando que era para sempre. Agora, resta dar corda ao relógio e cronometrá-lo para aventuras novas. Primeiro, talvez a preto e branco, Mas com o tempo, as boa...
"Não te tornes um tanto faz para quem tu tanto fizeste." Não digas "quero lá saber" quando lhe dedicaste tanto amor. Não te deixes ficar, nem digas "deixa lá!", porque a aceitação é inimiga do encorajamento. O "tanto faz" é o resultado da indiferença e tu não és assim. "Tanto faz" é desistência, é resignação É desistir de insistir. É encontrar a opção da alternativa, É dizer : -Deixo-te ir, para eu também poder ir. (Celina Seabra)
"Na vida tudo tem a sua razão de ser e cada coisa só tem o valor que lhe damos." O dia pode ser de sol, mas a tristeza continua a existir. A chuva pode cair, mas o calor humano afasta a intempérie interior. O lugar pode ser selvagem, mas a bonina traz-lhe bucolismo. A casa simples não é sinónimo de mendicidade, mas de organização e praticabilidade. O gordo só é feio porque o olhar social o rotula por tal. A deficiência estranha-se por ser diferente. As aparências continuam a ser a camuflagem do lobo e a insegurança humana faz-nos entrar no covil da besta. Somos reflexo em vez de espelho. Somos sugestão em vez de atitude. Culpa da sociedade que abafa a obra divina. (CELINA SEABRA)

Mudar de lugar

Mudar de lugar implica adaptação. Aceitas ou não aceitas. Resignas-te e aceitas. Participas ou acomodas-te. Reservas-te ao teu canto ou entras na conversa. Ficas de fora ou integras-te. Dás de ti, para poderes (talvez) receber na mesma moeda, ou um pouco menos. Aceitas-te e passas a usufruir do que tens: tu, a tua essência, os teus valores, os teus sentimentos. Deixas de pensar no olhar perscrutador e olhas para a tua alegria e para o teu desejo de ser feliz. Gostas de ser instrumento de harmonia e sorris, ris, danças, cantas, dás corda à menina que foste na infância e que vive dentro de ti. Ou então, queixas-te. 🙄 Entristeces porque o passado não se apaga, ou vives o presente e agradeces quem passou por ti e fez de ti uma pessoa especial. O medo é inimigo da mudança, sim, Porém o mundo é tão grande e a Vida bonita e tu só tens de ser tu. Cativar é preciso, insistir também, mas há gente verdadeiramente especial! E a solidão vai-se quando aceitas a Paz. (Celina Seabra)

Memórias

As memórias são tesouros extraordinários! E quando nos é permitido viver e percorrer a linha do tempo, esse tesouro que construímos é nosso verdadeiro companheiro de viagem. O amadurecimento e aquilo que designamos por envelhecimento é bênção, remédio nessa jornada de encontros, reencontros, perdas e achados. Que lindo, ouvir as histórias que nos uniram e que, por direções e caminhos distintos, ficaram em modo- pausa! Que emoção voltar ao reencontro da infância, aos braços da(o) amiga(o) que, afinal não perdemos! Que impressão mágica ouvir os relatos da mãe ou do pai e dos seus amigos que ficaram naquele tempo de Verdadeiro encontro! As rugas estão, mas o brilho dos olhos revela a comoção. A simplicidade de que houve um começo, uma paixão, um amor, uma amizade, uma pausa para voltarmos à antiga compreensão, traz-me a tranquilidade essencial para aceitar a efemeridade da vida e apreciar a beleza de cada momento doce (ou não) com que me presenteia a Vida. Afinal, Envelhecer traz c...

Primeira vez

Há sempre uma primeira vez. O nascimento - uma só vez. Sem lembrança. Talvez os medos, a ansiedade, a dor, sejam marcas desse momento. O subconsciente saberá, certamente. O primeiro passo, seguido de outros que suportam a investida. A primeira queda. ( Sem lembrança) A primeira separação, regada de lágrimas. Mas tinha de ser. Os primeiros colegas, os primeiros amigos, alguns perdidos no caminho da vida. As primeiras letras, a primeira leitura, a contagem, a adição, a subtração, a multiplicação e começa a complicação. O primeiro ciclo, o ensino básico, o secundário. A adolescência, as mudanças, as dúvidas... A solidão inexplicável. A atracção, o namoro e o Amor. A universidade e os sonhos. A realização e a frustração. A responsabizaçao. O Amor. O primeiro ordenado. Sentes-te afortunado. A primeira gravidez. (No meu caso, a única.) As diferentes mudanças e sensações. A alegria de exibir uma barriga onde pulsa a vida! Os primeiros sons intrauterino. Som acolhedor, mágico... (Ainda o ...

És gente

Não tens que estar sempre bem. És humana, não és robot. És Gente, vês e sentes. O sorriso mascara a tua dor que designas de cansaço. É dor, porque a rotina se instalou e parece não haver nada a descobrir. É dor, porque calas a revolta e viras relógio digital. É dor, porque choras por dentro e o dia escureceu. Às vezes, precisamos de usar o relógio de corda para pararmos também. Necessitamos dessa pausa para nos revisitarmos, para nos encontrarmos no labirinto que escureceu. Deixámos, algures, o fio de Ariane e a bússola para a felicidade. Não desistir é o primeiro passo e, acredita, em algum lugar encontrarás a janela para continuares o teu voo. Metamorfoses são precisas e não é bom viajarmos sós. A dois atravessas melhor a ponte que parece estar corroída. Repara que as aves voam em grupo. A cooperação surge nesse V que observas no azul do céu. O batimento da asa da primeira auxilia o voo da que segue atrás. E revezam-se, quando a sentem cansada. Voar em V permite, ainda, a visibilidad...