Eu devia conhecer a natureza dos ratos.
É bicho que não me agrada. Para além de serem portadores de doenças, são muito difíceis de domesticar. Não são fieis. São inquietos, possuem focinho pontudo, orelhas pequenas e arredondadas, e uma longa cauda nua ou quase sem pelos.
A Wikipédia diz-me ( se for fiável) que as espécies mais conhecidas de ratos são o Mus musculus, um típico rato doméstico, Rattus rattus e Rattus norvegicus, por vezes chamados de ratazanas e que habitam esgotos e córregos.
Também há ratos de estimação, o que eu acho estranho, pois não param quietos e vivem em clausura.
Em ambiente campestre, rural, o mais comum é o rato-do-campo e esta espécie é de grande importância para a cadeia alimentar. Alimentam grandes aves, como falcões e águias, e são um petisco para as cobras.
Volto a repetir, " não gosto de ratos"! São ariscos, espertalhotes, rápidos e invadem o nosso espaço. E se à primeira vista parecem fáceis de banir, a verdade é que a coisa se complica quando em nossa casa deixamos abertas as portas dos nossos mais íntimos espaços. Há sempre um pequeno orifício que lhes serve de esconderijo.
Com as pessoas parece ser também assim. Há ratos do campo que só invadem a nossa despensa porque estão com fome e quando a saciam regressam ao habitat que lhes é mais seguro. Deixam-nos em paz durante algum tempo. Outros nunca mais regressam porque desta vez encontrarão uma ratoeira e hão de cair nela.
Os perigosos são os ratos da cidade; aqueles que não abandonam a casa a que se habituaram; aqueles que vivem e comem da mesa que os abrigou. Petiscam aqui, petiscam acolá e deixam em cada canto por onde passam a sujidade que só será limpa quando a água e o sabão ali passar.
O dono da casa não tem tempo para fazer uma desinfestação, porque lhe falta tempo e foi-se acomodando à presença destes. Até têm graça com aquele focinhito pontiagudo e um ar de inocência que não transmite doença a ninguém.
Aparentemente, claro! Porque os estragos que fazem são muitos e de difícil reconstituição.
Há de aparecer, entretanto, um flautista de Hamelin, esperto, bem disposto e sedutor...
E rato atrás de rato; ratazana atrás de ratazana, ao cimo da ponte subirão e ali, catrapum, o vazio e a sua perdição.
E eu estarei lá para ver.
Com as pessoas parece ser também assim. Há ratos do campo que só invadem a nossa despensa porque estão com fome e quando a saciam regressam ao habitat que lhes é mais seguro. Deixam-nos em paz durante algum tempo. Outros nunca mais regressam porque desta vez encontrarão uma ratoeira e hão de cair nela.
Os perigosos são os ratos da cidade; aqueles que não abandonam a casa a que se habituaram; aqueles que vivem e comem da mesa que os abrigou. Petiscam aqui, petiscam acolá e deixam em cada canto por onde passam a sujidade que só será limpa quando a água e o sabão ali passar.
O dono da casa não tem tempo para fazer uma desinfestação, porque lhe falta tempo e foi-se acomodando à presença destes. Até têm graça com aquele focinhito pontiagudo e um ar de inocência que não transmite doença a ninguém.
Aparentemente, claro! Porque os estragos que fazem são muitos e de difícil reconstituição.
Há de aparecer, entretanto, um flautista de Hamelin, esperto, bem disposto e sedutor...
E rato atrás de rato; ratazana atrás de ratazana, ao cimo da ponte subirão e ali, catrapum, o vazio e a sua perdição.
E eu estarei lá para ver.
( Celina Seabra)
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