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A mostrar mensagens de outubro, 2024
Permite - te caminhar sem pensares no passado. Foi bom? Ainda bem. Permanecerá no álbum das tuas memórias. Foi menos bom? Tinha de ser. Pudeste saber o que é sofrer. Tiveste coragem para renascer. Deixa para trás o que te angústia. Aceitar a Vida sem grandes questões é o cerne da Alegria. Investe nesse novo caminho Porque é trilho, é passagem, é estrada. E se há estrada há rumo, Há casas, jardins, Vales e serras, Mar e Terra. Aprecia o passeio e deixa que o sol te empreste a luz do calor humano, o brilho do riso espontâneo e a incandescência de saber cativar o Outro. Sê astro - rei mas sê também Lua Porque há de haver sempre um princípio e um fim, um nascer e um pôr do sol, esperança e desilusão... Deixar ir o que já foi teu é ter a coragem de mergulhar em águas novas sem te despedires da nostalgia do tempo que guardaste, achando que era para sempre. Agora, resta dar corda ao relógio e cronometrá-lo para aventuras novas. Primeiro, talvez a preto e branco, Mas com o tempo, as boa...
"Não te tornes um tanto faz para quem tu tanto fizeste." Não digas "quero lá saber" quando lhe dedicaste tanto amor. Não te deixes ficar, nem digas "deixa lá!", porque a aceitação é inimiga do encorajamento. O "tanto faz" é o resultado da indiferença e tu não és assim. "Tanto faz" é desistência, é resignação É desistir de insistir. É encontrar a opção da alternativa, É dizer : -Deixo-te ir, para eu também poder ir. (Celina Seabra)
"Na vida tudo tem a sua razão de ser e cada coisa só tem o valor que lhe damos." O dia pode ser de sol, mas a tristeza continua a existir. A chuva pode cair, mas o calor humano afasta a intempérie interior. O lugar pode ser selvagem, mas a bonina traz-lhe bucolismo. A casa simples não é sinónimo de mendicidade, mas de organização e praticabilidade. O gordo só é feio porque o olhar social o rotula por tal. A deficiência estranha-se por ser diferente. As aparências continuam a ser a camuflagem do lobo e a insegurança humana faz-nos entrar no covil da besta. Somos reflexo em vez de espelho. Somos sugestão em vez de atitude. Culpa da sociedade que abafa a obra divina. (CELINA SEABRA)

Mudar de lugar

Mudar de lugar implica adaptação. Aceitas ou não aceitas. Resignas-te e aceitas. Participas ou acomodas-te. Reservas-te ao teu canto ou entras na conversa. Ficas de fora ou integras-te. Dás de ti, para poderes (talvez) receber na mesma moeda, ou um pouco menos. Aceitas-te e passas a usufruir do que tens: tu, a tua essência, os teus valores, os teus sentimentos. Deixas de pensar no olhar perscrutador e olhas para a tua alegria e para o teu desejo de ser feliz. Gostas de ser instrumento de harmonia e sorris, ris, danças, cantas, dás corda à menina que foste na infância e que vive dentro de ti. Ou então, queixas-te. 🙄 Entristeces porque o passado não se apaga, ou vives o presente e agradeces quem passou por ti e fez de ti uma pessoa especial. O medo é inimigo da mudança, sim, Porém o mundo é tão grande e a Vida bonita e tu só tens de ser tu. Cativar é preciso, insistir também, mas há gente verdadeiramente especial! E a solidão vai-se quando aceitas a Paz. (Celina Seabra)

Memórias

As memórias são tesouros extraordinários! E quando nos é permitido viver e percorrer a linha do tempo, esse tesouro que construímos é nosso verdadeiro companheiro de viagem. O amadurecimento e aquilo que designamos por envelhecimento é bênção, remédio nessa jornada de encontros, reencontros, perdas e achados. Que lindo, ouvir as histórias que nos uniram e que, por direções e caminhos distintos, ficaram em modo- pausa! Que emoção voltar ao reencontro da infância, aos braços da(o) amiga(o) que, afinal não perdemos! Que impressão mágica ouvir os relatos da mãe ou do pai e dos seus amigos que ficaram naquele tempo de Verdadeiro encontro! As rugas estão, mas o brilho dos olhos revela a comoção. A simplicidade de que houve um começo, uma paixão, um amor, uma amizade, uma pausa para voltarmos à antiga compreensão, traz-me a tranquilidade essencial para aceitar a efemeridade da vida e apreciar a beleza de cada momento doce (ou não) com que me presenteia a Vida. Afinal, Envelhecer traz c...

Primeira vez

Há sempre uma primeira vez. O nascimento - uma só vez. Sem lembrança. Talvez os medos, a ansiedade, a dor, sejam marcas desse momento. O subconsciente saberá, certamente. O primeiro passo, seguido de outros que suportam a investida. A primeira queda. ( Sem lembrança) A primeira separação, regada de lágrimas. Mas tinha de ser. Os primeiros colegas, os primeiros amigos, alguns perdidos no caminho da vida. As primeiras letras, a primeira leitura, a contagem, a adição, a subtração, a multiplicação e começa a complicação. O primeiro ciclo, o ensino básico, o secundário. A adolescência, as mudanças, as dúvidas... A solidão inexplicável. A atracção, o namoro e o Amor. A universidade e os sonhos. A realização e a frustração. A responsabizaçao. O Amor. O primeiro ordenado. Sentes-te afortunado. A primeira gravidez. (No meu caso, a única.) As diferentes mudanças e sensações. A alegria de exibir uma barriga onde pulsa a vida! Os primeiros sons intrauterino. Som acolhedor, mágico... (Ainda o ...

És gente

Não tens que estar sempre bem. És humana, não és robot. És Gente, vês e sentes. O sorriso mascara a tua dor que designas de cansaço. É dor, porque a rotina se instalou e parece não haver nada a descobrir. É dor, porque calas a revolta e viras relógio digital. É dor, porque choras por dentro e o dia escureceu. Às vezes, precisamos de usar o relógio de corda para pararmos também. Necessitamos dessa pausa para nos revisitarmos, para nos encontrarmos no labirinto que escureceu. Deixámos, algures, o fio de Ariane e a bússola para a felicidade. Não desistir é o primeiro passo e, acredita, em algum lugar encontrarás a janela para continuares o teu voo. Metamorfoses são precisas e não é bom viajarmos sós. A dois atravessas melhor a ponte que parece estar corroída. Repara que as aves voam em grupo. A cooperação surge nesse V que observas no azul do céu. O batimento da asa da primeira auxilia o voo da que segue atrás. E revezam-se, quando a sentem cansada. Voar em V permite, ainda, a visibilidad...
Se não tivesse olhos, talvez não cobiçasse a alegria dos outros. Se fosse larápio, guardaria todos os risos do mundo e seria fingimento quando a sombra aparecer. Se fosse pedra construiria a minha muralha E deixaria de lado a sensibilidade. Se pudesse ser outra Seria alicerce e não esta haste frágil de trigo que não foi colhido. Se pudesse ser máquina Deixaria de fora o coração. Hoje sou só Desalento, Instabilidade e Insignificância. (Celina Seabra)
Entre a gente também há solidão. - Foram mais ou menos estas as palavras da Raposa ao Principezinho. Sábia afirmação. Sorriso pintado é colocado tantas vezes para disfarçar o smile da tristeza, do vazio. Hoje ninguém está só. O ruído atordoa quem se extingue por dentro. A diferença preenche o desequilíbrio. Mais uma madeixas diferentes, uns tattoos extravagantes, uma maquilhagem exuberante e uma indumentária de outro mundo e ficamos sãos! Somos o que vendemos por fora e encobrimos os sentimentos que só angústiam e não resolvem a qualidade de vida. A solidão não faz amigos. Vende-se a felicidade e arranjam-se mil formas de preencher o vazio que se encharca com comprimidos, com alucinógeneos, com apostas miraculosas, com tecnologias diversas que nos encantam, absorvem e cansam... E precisamos de dormir. Não é preciso pensar. Embebedamos a Razão que é má companhia. A tristeza é barreira ao sucesso e o mundo é dos que constroem sucesso e aparentam ser Tão Felizes! (CELINA Seabra)
Sabes, há aquelas amizades que surgiram na infância e que depois permanecem adormecidas, não se sabe muito bem porquê, durante alguns anos, e um dia, quase por acaso, renascem, como se nunca tivesse havido um interregno. A conversa flui, como se fosse natural. A atração pelo outro é íman magnético. Pólos que se aproximam e resultam. Espelhos onde nos revemos. Esta amizade de ontem que voltou a ser hoje é como a sombra da noite que se fortalece com o pôr do sol da vida. Amadurecemos. Deixamos para trás a etapa do que se procurava, moldada pelos ditames da sociedade: trabalho, sucesso, poder... Descobrimos que mais importante são os laços que se constroem numa boa conversa, num fim de tarde onde trocamos pareceres, no doce que se partilha e no chá que nos anima e hidrata a voz. Os amigos tornam-se especiais à medida que envelhecemos. Escolhemos quem nos completa. (CELINA Seabra)
Gosto tanto de uma boa companhia! Que desagradável, quando te substituem pelo telemóvel!( E falamos nós dos mais novos!) Gosto de estar acompanhada e de acompanhar. Abrando o passo para que o Outro possa caminhar ao meu lado. Não sirvo para ilha, ainda que procure o silêncio para me escutar e renovar. Prefiro a troca de palavras e até comer de boca cheia para responder a quem questiona. Que desagradável é, fugir do olhar de quem está contigo, refugiar - se no mundo do lado de lá, sem notar quem está de cá. Algo me diz que é falta de educação, mas quem sou eu para apontá-lo a quem já passou há muito os 18 anos!? Não tenho jeito para o silêncio quando sou companhia. Mas respeito. Porém, também reflicto : nem sabes tu, desse lado que és tu, que acabaste de perder uma companheira. 🤔 (Celina Seabra)
É tão fácil perder a paz interior. Achas que está tudo sob control, Que já nada te perturba e surpreende, mas desengane-se quem assim pensa. Somos frágeis e facilmente vacilamos. Algo nasce, incontrolável, dentro de nós e, às vezes, salta-nos "a tampa '. E saltar a tampa pode ser para o bem ou para o mal. Ou desabafas e ensinas, ou calas e ferves, ou gritas e até te arrependes. Ai, não ter eu a capacidade dos estoicos! Não saber eu de um "stoa', um pórtico mágico e viver sempre de acordo com a Razão em busca da efémera tranquilidade interior! Somos postos à prova, ponto. " Inchamos " para desinchar. Cresce a soberba umas vezes , mas entumecemos também. Não é fácil lidar com a injustiça, com os traiçoeiros, com os duvidosos, mas também é difícil ser justiceiro e usar da verdade sem humildade... Apetece-me citar Ricardo Reis "Desenlacemos as mãos..." pois "passamos como o rio." (Celina Seabra)
Todos dizemos pequenas mentiras e usamos meias verdades. A vida é um binómio e às vezes o meio termo torna a vida mais engraçada. Mas quando a mentira ultrapassa os limites, a deceção é a resenha final. Mentir consciente de que não queres magoar o outro pode parecer a solução. Porém, mais cedo a Verdade constrói caminho no labirinto criado pelo medo que é despido. A verdade exige prudência e sensibilidade. Sinceridade não exige insensibilidade. É necessário recorrer à sensatez para a poder revelar. Errar é humano, mas nada tem a ver com a mentira. Esta é um balão que enche e que cria ilusão para se transformar em desilusão. Há que criar o momento certo para dizer a Verdade e arranjar coragem para aceitar a opinião. Resguardar - se à omissão de factos é uma questão de preservação. Nem tudo tem de ser dito, por isso o direito ao silêncio. Mentir para chamar sobre si a atenção, Só conduz à separação. Onde fica a credibilidade e a confiança? É o início do fim, isto para mim. Sinceridade ...
"Na vida tudo tem a sua razão de ser e cada coisa só tem o valor que lhe damos." O dia pode ser de sol, mas a tristeza continua a existir. A chuva pode cair, mas o calor humano afasta a intempérie interior. O lugar pode ser selvagem, mas a bonina traz-lhe bucolismo. A casa simples não é sinónimo de mendicidade, mas de organização e praticabilidade. O gordo só é feio porque o olhar social o rotula por tal. A deficiência estranha-se por ser diferente. As aparências continuam a ser a camuflagem do lobo e a insegurança humana faz-nos entrar no covil da besta. Somos reflexo em vez de espelho. Somos sugestão em vez de atitude. Culpa da sociedade que abafa a obra divina. (CELINA SEABRA)

Conselho

"Não te tornes um tanto faz para quem tu tanto fizeste." Não digas "quero lá saber" quando lhe dedicaste tanto amor. Não te deixes ficar, nem digas "deixa lá!", porque a aceitação é inimiga do encorajamento. O "tanto faz" é o resultado da indiferença e tu não és assim. "Tanto faz" é desistência, é resignação É desistir de insistir. É encontrar a opção da alternativa, É dizer : -Deixo-te ir, para eu também poder ir. (Celina Seabra)

Promessa

Aqui, neste canto do fim do mundo, encontro o meu berço singelo e simples. O azul - paleta variável do céu - abriga o verde que se espraia pela montanha. A beleza não é a do cinzel do Homem que sonha, pensa, constrói e destrói. Há simplesmente Beleza da natureza que se reconstrói ao sabor do tempo e dos ventos, das primaveras e dos vendavais. Aqui, esporadicamente, regresso ao útero materno e ouço, afastada, o respirar do mundo que apela a deixar - me estar. O ar é anestesiante e o silêncio ensurdecedor. Se pudesse, seria Bela Adormecida, aqui. A natureza haveria de encobrir o meu corpo e o sono seria o da paz eterna. Mas, Sobre mim, paira o olho de Deus que vigia carinhosamente os meus passos e me beija para regressar à fuga civilizacional. Fica a promessa : hás de retornar! (CELINA SEABRA)
Permite - te caminhar sem pensares no passado. Foi bom? Ainda bem. Permanecerá no álbum das tuas memórias. Foi menos bom? Tinha de ser. Pudeste saber o que é sofrer. Tiveste coragem para renascer. Deixa para trás o que te angústia. Aceitar a Vida sem grandes questões é o cerne da Alegria. Investe nesse novo caminho Porque é trilho, é passagem, é estrada. E se há estrada há rumo, Há casas, jardins, Vales e serras, Mar e Terra. Aprecia o passeio e deixa que o sol te empreste a luz do calor humano, o brilho do riso espontâneo e a incandescência de saber cativar o Outro. Sê astro - rei mas sê também Lua Porque há de haver sempre um princípio e um fim, um nascer e um pôr do sol, esperança e desilusão... Deixar ir o que já foi teu é ter a coragem de mergulhar em águas novas sem te despedires da nostalgia do tempo que guardaste, achando que era para sempre. Agora, resta dar corda ao relógio e cronometrá-lo para aventuras novas. Primeiro, talvez a preto e branco, Mas com o tempo, as boas vivê...