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Todos dizemos pequenas mentiras e usamos meias verdades. A vida é um binómio e às vezes o meio termo torna a vida mais engraçada. Mas quando a mentira ultrapassa os limites, a deceção é a resenha final. Mentir consciente de que não queres magoar o outro pode parecer a solução. Porém, mais cedo a Verdade constrói caminho no labirinto criado pelo medo que é despido. A verdade exige prudência e sensibilidade. Sinceridade não exige insensibilidade. É necessário recorrer à sensatez para a poder revelar. Errar é humano, mas nada tem a ver com a mentira. Esta é um balão que enche e que cria ilusão para se transformar em desilusão. Há que criar o momento certo para dizer a Verdade e arranjar coragem para aceitar a opinião. Resguardar - se à omissão de factos é uma questão de preservação. Nem tudo tem de ser dito, por isso o direito ao silêncio. Mentir para chamar sobre si a atenção, Só conduz à separação. Onde fica a credibilidade e a confiança? É o início do fim, isto para mim. Sinceridade com delicadeza É importante E como se diz, o que se diz e quando se diz, é inteligência para não deixar ninguém infeliz. Uma boa dose de auto censura é GPS para relações saudáveis. Não sei mentir, mas não digo que nunca menti também. Na omissão, no silêncio, calo as minhas verdades. E ficar calado não é mentir, É apenas proteger quem não quero ver sofrer. (Celina Seabra) .

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DRAGÃO DE FOGO

Um gigantesco  incêndio  lavra o meu país. É tão pequeno, este cantinho à beira-mar, e tão grande o dragão que há já alguns dias Tomou posse deste pequeno jardim… É um ser feroz, uma alma diabólica, egoísta, Que saiu das profundezas do inferno Onde estivera hibernado, e teima em fustigar de labaredas cintilantes um cantinho que já fora verde, muito verde, quase de encantar… A cauda chamejante, magnânima,  serpenteia  o meu Portugal E a alma diabólica, impetuosa, continua a criar paisagens dantescas. E sobre nós, um céu de bronze, asfixiante… As noites surgem  avermelhadas e fuliginosas Como se tivessem acendido milhares de archotes. Ao redor, paira a cinza e as faíscas queimam as fagulhas Que já foram pinho… Mas o dragão não é fácil de atacar. Cavaleiros da paz constroem armadilhas e lutam Dia e noite a fim de vencer a Besta. Vidas são dizimadas, ceifadas como ervas daninhas… Ao dragão nada importa a não ser o prazer...
Entre a gente também há solidão. - Foram mais ou menos estas as palavras da Raposa ao Principezinho. Sábia afirmação. Sorriso pintado é colocado tantas vezes para disfarçar o smile da tristeza, do vazio. Hoje ninguém está só. O ruído atordoa quem se extingue por dentro. A diferença preenche o desequilíbrio. Mais uma madeixas diferentes, uns tattoos extravagantes, uma maquilhagem exuberante e uma indumentária de outro mundo e ficamos sãos! Somos o que vendemos por fora e encobrimos os sentimentos que só angústiam e não resolvem a qualidade de vida. A solidão não faz amigos. Vende-se a felicidade e arranjam-se mil formas de preencher o vazio que se encharca com comprimidos, com alucinógeneos, com apostas miraculosas, com tecnologias diversas que nos encantam, absorvem e cansam... E precisamos de dormir. Não é preciso pensar. Embebedamos a Razão que é má companhia. A tristeza é barreira ao sucesso e o mundo é dos que constroem sucesso e aparentam ser Tão Felizes! (CELINA Seabra)

Pobre vs Rico

" Não peças a rico E não prometas a pobre"... Nunca o provérbio - voz do povo - esteve tão próximo da realidade do meu Hoje. Rico não dá. Queixa-se. Pobre não esquece. Necessita. Rico olha para ti apenas quando deseja extorquir-te alguma coisa. ( " Come a tua carne e despreza os teus ossos". Porque não tem dentes? Porque tem mais olhos que barriga.") Pobre olha para o chão e conta os seus passos no caminho que é de todos. Por vezes, não os distingue. Esquece-se de que são os seus. Rico nunca rouba. Serve-se do dinheiro dos outros para criar o seu império. Pobre pede ou envergonha-se de pedir... Rico tem sempre razão. Ai, daqueles que não lhe derem atenção! Pobre erra. Pede desculpa, titubeia e esconde o rosto na sua própria mão... Rico acha-se rei e pensa estar acima da lei. Pobre conta os trocados para pagar as contas ao Estado. Rico é capitalista. Acumula riquezas com o suor do proletariado. Pobre acha-se socialista. Na verdade, ele é um ideal...