Hoje a tarde poderia ter sido vulgar,
eu deixo de ser singular.
Há vozes que reconheço
soam-me, elas a familiar,
a tarde que era vulgar
deixou-me matéria a recordar.
( Celina Seabra)
A tentativa de escrever estas palavras, que podem soar a poesia, surgiu da leitura feita ao poema de Fernando Pessoa que segue abaixo.
A tarde poderia ter sido mais uma tarde qualquer...
Mas foi diferente.
Quando há corações que batem em sintonia e se esforçam pela harmonia, dá-se uma explosão de alegria.
E, momentaneamente, afastam-se a solidão, a desilusão e a correria do dia-a-dia.
Obrigada, minha fadinhas, pela vossa companhia!
( Celina Seabra)
A tentativa de escrever estas palavras, que podem soar a poesia, surgiu da leitura feita ao poema de Fernando Pessoa que segue abaixo.
A tarde poderia ter sido mais uma tarde qualquer...
Mas foi diferente.
Quando há corações que batem em sintonia e se esforçam pela harmonia, dá-se uma explosão de alegria.
E, momentaneamente, afastam-se a solidão, a desilusão e a correria do dia-a-dia.
Obrigada, minha fadinhas, pela vossa companhia!
AGORA VAMOS À VERDADEIRA POESIA.
FERNANDO PESSOA e a sua FENOMENOLOGIA!
FERNANDO PESSOA e a sua FENOMENOLOGIA!
A tarde
vulgar e cheia
De gente que anda na rua,
Escurece, azul e alheia,
E a brisa nova flutua.
Havia verão com o dia,
Mas agora, Deus louvado,
Primaverou de outonia
Sob o largo céu parado.
Palavras! Nenhuma cor,
Que o céu finge, ou bisa aqui,
Torna real esta dor
Que tive porque a senti.
De gente que anda na rua,
Escurece, azul e alheia,
E a brisa nova flutua.
Havia verão com o dia,
Mas agora, Deus louvado,
Primaverou de outonia
Sob o largo céu parado.
Palavras! Nenhuma cor,
Que o céu finge, ou bisa aqui,
Torna real esta dor
Que tive porque a senti.
(Fernando
Pessoa, In Poesia 1918-1930))
Comentários
Enviar um comentário