Mais um poema que me diz muito e que me desperta a vontade de escrever, também.
EU, tudo e tantas vezes nada.
Eu, alma prisioneira num mundo para o qual não fui feita.
Eu, pássaro de gaiola de inquieto canto.
Eu, dúvida, interrogação, ansiedade, medo.
Eu, esperança, ingénua, vidente, perspicaz, luz.
Eu, eu, eu,...
entre os outros eus iguais, parecidos e diferentes do meu eu.
( Celina Seabra)
Vamos agora ao verdadeiro poeta: Fernando Pessoa:
" Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. –
Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu..."
( Fernando Pessoa)
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. –
Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu..."
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