Campos transformados em cinzas,
raízes clamando por água para atenuar as graves queimaduras,
corpos decrépitos, sem vida,
matéria vegetal reduzida a pó.
Flora irrecuperável,
Fauna afugentada, outra perdida para sempre.
Vento assustador que golpeias o dragão que por dias estivera adormecido,
por que não te tornas brisa ou nada?
Por que não puxas com a tua força todas as nuvens do céu e as esvazias sobra esta terra abafadora, sedenta de água e compaixão?
"Venha a nós essa água bendita!", parecem suplicar os pinheiros pretos que lembram esqueletos esguios num inferno dantesco.
" Temos sede, sede de viver e queremos renascer!" Quem nos ouve?
Quem as ouve?
Não haverá paraíso terrestre se não te preocupares com a Terra que te abraça ao nascer e te acolherá quando morreres.
( Celina Seabra)
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