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É mais fácil...

É mais fácil não criar laços. É mais fácil evitar compromissos. Dói menos se te distancias. O sofrimento não terá lugar onde repousar e não dilacerá o teu coração. O teu olhar contemplará em silêncio e pacificamente a dor dos outros. Não é a tua.  Nunca foi porque não criaste laços, nem promessas e nunca houve obrigações nem comprometimento. Passar pela vida assim é não vivê-la, talvez, mas é não sofrê-la, também. (Celina Seabra)

Até sempre

Hoje não te deitas na cama que te abrigou em mais de metade de um século. Hoje a tua porta não se abre para ti. Hoje as dores ficaram adormecidas para todo o sempre. Hoje não andas, levitas algures... Talvez entre as nuvens deste céu escuro e sem estrelas. Hoje não vês o pequeno mundo que enquanto mortal te foi permitido usufruir. Hoje a tua visão está para lá dos meus sentidos e ultrapassa o que de científico é possível explicar. Esta noite o teu ninho é estranho e novo. Esta noite o silêncio que te adormece é mortal. O teu Espírito deixou o exílio para se aproximar dos entes que há muito deixara. Vê como te abraçam, te consolam, te aliviam das lágrimas que até então ouviste. A tua alma quebrou os liames da vida que em ti sopraram. Espero que, hoje, sintas a magia que só os crentes conseguem discernir e ouças cânticos de alegria. Eu rezo por ti. (Celina Seabra)

Sorri ( estás a ser filmado/a)

A simpatia não é mal agradecida. A simpatia lê-se com os olhos e retribui-se sorrindo. Há quem não conheça esta linguagem. Prefere a sisudez. O mundo é tantas vezes a preto e branco e não entendes. Esquece a petulância, a indelicadeza e a tua altivez ( e muito do que termina em -ez!) Respira fundo,   expira e sorri! Os outros agradecem. (Celina Seabra)

LUNA - acróstico

L ouquinha do meu coração, onde estás tu que não te encontro? Prometeste proteger-me, tal como eu a ti... U ivas à noite e os teus dentes não perdoam o que se atravessa no teu caminho. (Falo de objetos.) N ada te mete medo. Não temes os trovões, nem os foguetes, nem mesmo a tempestade. A penas sabes que erras quando a minha voz te chama à razão. És filha do instinto. E quero-te, por isso. (Celina Seabra)

Certezas

Não se pode prender quem verdadeiramente nunca te pertenceu. Não se pode modelar quem nasceu para ser livre e segue os seus instintos. Não se pode obrigar a amar só porque lhes deste de comer e lhes mataste a sede. Não se pode corrigir quem nunca soube o que era errar. Não se pode mudar quem nunca germinou… Não se pode dar mãos a quem não sabe plantar. Não se pode pedir a quem nunca entendeu os Teus preceitos. Logo, Só podes controlar o figurino que te deram para representar. Tudo o mais é imprecisão. (Celina Seabra)

Review Câmera Nikon D5600 - Ganhe tempo e conheça rápido os Atalhos, Bot...

CURSO DE FOTOGRAFIA - ENTENDENDO A LUZ (AULA 1)

Alegria é...

Alegria... O que é a alegria? Alegria é encontrares em lugares inesperados pessoas boas e gentis. Pessoas que partilharam contigo lágrimas e risos. Pessoas verdadeiras e que vestem a simplicidade. Que são belas mesmo quando estão de chinelos de quarto ou com o cabelo desalinhado. São pessoas autênticas! São selos raros na coleção de um filatelista. E só ele percebe os pormenores e a preciosidade de os ter guardado no seu álbum da vida. Porque são selos que pertencem a uma coleção limitada. (Celina Seabra)

Alma animal

Alma animal, que vives dentro de mim, quando me descativas? Alma sem rumo, acossada, escondida em dias festivos, anestesiada quando o medo a habita. Alma descoordenada, desgovernada, irracional que sacrifica o amor e a tranquilidade de espírito só porque sim. Alma mimada que se rebela por tudo e por nada. Alma doente que não sorri para a vida, Complica-a. Quem és Tu? Que animal ou demónio ou gente me enfurece? Que luta insana se desenrola num ringue sem árbitro? Que emaranhado de linhas desprotegem os meus sonhos tranquilos? Alma animal, caprichosa, desenfreada, grotesca estrangula teus gritos! Vai-te! Entra nesse transe místico e expele a ira, a inveja e o ciúme! A vida flui com mais suavidade e tranquilidade quando não estás. Deixa o meu Eu procurar livremente a centelha divina que habita em mim. Deixa-me cristalizar junto da energia que exala desse feixe de luz quente e radiante que brilha no interior do meu coração, Não preciso de Ti, ...

Menino-homem

Meu menino-homem, em que pensas? Que sonhos aprisionas? Que caprichos anseias? Que memórias guardas de uma vida serena e doce? O tempo viu-te crescer e, sem dar por isso, deixaste a pupila dos meus olhos. Teus passos aprendidos, percebidos, deixaram de ser pontinhas de pardal Para serem directrizes planificadas. Teus olhos bons procuraram as luzes e as estrelas que se acendem lá fora. Em que meditas, meu menino-homem? Que castelos de ouro buscas? O destino, inevitavelmente, há de conduzir-te à ordem cósmica. Naturalmente serás a adaptação perfeita do lugar a que pertences. Serás a peça singular da engrenagem deste Todo místico e belo. Meu menino-homem, o tempo não para. Teus olhos, sombras das folhas outonais que hoje coroam a minha fronte, São consolo meu. Não te prendo, não. Não posso. Cada ser é feito para aquilo que nasce e para o que faz. Escuta o teu dom. Desenvolve-o. Não o desvalorizes. Segue o teu desígnio, Não o tiranizes. Cora...

Dias sem...

A preguiça surge quando o trabalho desaparece. Ficamos à toa. Vão-se os horários e os dias passam e, outras vezes, arrastam-se. Abrimos os olhos à manhã que nos convida a sair e nos promete mil e uma coisas que não fazemos, porque falta a coragem de sair desta dormência, desta inexistência. A escuridão avisa-nos que a jorna findou. E não fizemos nada. O cérebro grita, alerta: foge desse casulo! Liberta-te das amarras do que não te realiza! Mas o corpo afunda-se  nesse torpor. Não és feliz, mas não o deixas de ser. Fixas-te no meio termo e equilibras-te nessa tranquilidade que te embrutece. Acorda! Sacode esse demónio que corrói a energia, a vitalidade de nos sentirmos vivos! Abre as portas ao dia. Escancara as janelas ao sol. Deixa que te lamba, que te adule, que ocupe dentro de ti o espaço vazio que só mói e destrói. Não deixes que a serpente dos sete pecados mortais te possuam e priorizem o teu estatuto de pessoa, fazendo esquecer-te de que és a imagem de Deus. ...

Mãe

Os filhos crescem e as mães tornam-se pequeninas. Deixam de ser o ornato principal  para ocuparem o local da floreira no canto da sala. Se a luz lhes incidir  continuarão a florir todo o ano. Não serão orquídeas, mas passarão a ser margaridas brancas com coração amarelo. Não serão de perfume estonteante, mas estarão presentes e amortecerão qualquer queda que os filhos derem. Não serão a flor principal, mas não deixarão de ocupar os arranjos e os bouquets principescos. As suas hastes fortes durarão o suficiente para suportar o sol do verão intenso e o frio do inverno que há de passar. E quando os filhos envelhecerem, eles hão de voltar para drenar o solo fértil que lhes deu a vida e os valores e o amor e tudo aquilo que permaneceu encoberto, porque, por instantes, os olhos ofuscaram-se com o Mundo que lhes ofereceu riquezas  e alegrias. (Nunca, a Alegria!) A mãe estará ali, junto à janela, aparentemente esquecida, mas sempre florida para quem a...

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Já tiveste a sensação de querer escavar o teu peito e retirar dele aquela pequena dor que te angustia? Seria mais fácil sermos terra para o poder fazer. Retirar com força as raízes que te perturbam e desgastam, deitá-las fora, remexer a terra, de novo, e semear nela, outra vez, a semente da esperança e da alegria. Depois só terias de adubá-la com a paciência de quem ama, vigiá-la das ervas daninhas e regá-la com a alegria. Seria mais fácil, não achas? (Celina Seabra)

Viajar

Viajar de dentro para fora. - Hoje foi assim. Descobrir mundo. Vislumbrar novos espaços, novos horizontes. Acompanhar o nascer do sol, ir à descoberta da manhã que se espreguiça além fronteira e nos promete um novo porvir. Deixar-mo-nos escoltar pelas horas que só passam porque o sol nos orienta. Fileiras de sentinelas de girassóis, que em silêncio pedem ao céu água, ficam para trás. Deixá-los ficar. Em breve passarão a ser alimento. Cumprir-se-á o destino para que nasceram. A viagem prossegue. A brisa quente do verão apela à frescura de um oásis. Eis que se aproxima. Verdejante entre paredes que falam histórias de outros tempos. Cativante na sua expressividade de coisa estrangeira. Nas veias pulula um sentimento de outrora ter estado aqui. Mistura de raças, de línguas que pertencem à mesma mãe e outras, simplesmente, ao mundo. Cores chamativas. Quentes. Outras douradas como o trigo que contemplei pelo caminho. Ouro de um país. Riqueza da terra que se deixa lavrar ...

Eu gosto, e tu?

Gosto de gente verdadeira e direta. Gosto de quem não tem papas na língua, que floresce por fora, a mentira jamais em si mora. Gosto de gente humilde e que me surpreende, porque nem sempre se vê “ pela aragem quem vai na carruagem.” E todos sabemos que “o hábito não faz o monge.” Gosto de gente que me olha nos olhos e me deixa ler neles os seus pensamentos. Gosto de olhos expressivos; são a porta da alma. Gosto de gente que espera por mim e acompanha o meu passo, faço por elas o mesmo; esperar não é um fracasso. Gosto de gente que abre a porta e me convida a entrar. É gente que deixa o meu coração falar. Gosto de gente que retribui a chamada. Que tenta uma, duas, as vezes necessárias para comigo estar. Persistir, para não deixar partir. Gosto de mensagens sinceras, de palavras ternas, de mimos inesperados, São presentes divinos, laços bem apertados. Gosto de gente que não mente porque “promessas leva-as o vento” e atordoam o meu pensamento. Gosto de gente que ...

Em festa

O meu coração está em festa. Limpei as teias de aranha que ocultavam a luz que sempre nele brilhou! (Celina Seabra)

Encerrado

Acabou-se o desgaste mental com o que nos faz mal! Findaram os pensamentos negativos... colocavam a tua essência em perigo. Afastou-se quem o malmequer jogou Não valorizou quem por ti lutou. Sepultaram-se as angústias, os desassossegos, Custou, mas alegra-nos o desapego. Morreu a apreensão, a ansiedade, o frenesim Meticulosamente, recolhemos a perspicácia do bisturi... Hoje, somos só aconchego. Rio Mondego que em sossego serpenteia a montanha irregular a quem pertenço. Persistência, coragem, ousadia, audácia De todos estas qualidades, Hoje, me convenço. (Celina Seabra)

Eternidade

Os anos trazem sabedoria e maior compreensão. Apaziguam desilusões... Acredita, com o tempo desaparecerão. Nunca aconteceram. A eternidade faz-se hoje e sempre que abres os olhos ao mundo e deixas entrar o brilho do sol, mesmo quando as nuvens insistem em ficar. A eternidade é construída com ações. Ficarão tatuadas para sempre se foi com confiança e amor que as realizaste. A eternidade perpetua-se no que tocas, naquilo que crias e no que semeaste. Nunca serás eterno se não foste Tu. Nunca usufruirás da eternidade se fugires da Vida. " Carpe diem, quam minimum credula postero". (Celina Seabra)

Antissocial

Se sou antissocial? Hummm... Quem verdadeiramente me conhece o dirá. Se ser antissocial é gostar de estar sozinha, é afastar-se da agitação, do alvoroço, do diz que diz, então, sim, sou insociável. E apesar de todo o ceticismo que construo em mim, admiro esta posição. Não é para todos, na verdade. Mas a vida e o tempo encarrega-se disso. Dói estar só? Dói mais a desilusão. Amo o silêncio. Não aquele profundo, que incomoda e nos paralisa e nos tira as energias. Amo o silêncio cálido, aquele que nos abraça e nos tranquiliza com sons que só a natureza consegue traduzir. Amo as flores. Não as que corto ou me oferecem para colocar numa jarra , mas as que aprecio nos jardins, nos vasos que enfeitam varandas, nos peitoris que alargam as janelas,  no manto que a mãe natura tece espontaneamente. Amo a primavera e o sol que brilha sem queimar, a brisa que desalinha sem magoar, os dias frescos sem gelarem... Aprecio o cheiro da terra, recentemente...

Sociedade de faz de conta

Como se põe de lado a desilusão? Como se faz de conta que se vive num mundo  perfeito se Tu sabes que é um mundo de faz de conta? Onde posso comprar uma máscara de sorriso largo? Como se fortalecem as amizades? Como se perdoa a frustração? Como olhar quem se disse importante e depois desapareceu como se tu não fosses nada? Como continuar a amar quando se distanciam corações e vivências? Como desculpar quem tem tempo para facebooks e mensagens moralizantes se nunca te devolveram a tua chamada e não quiseram ouvir a tua voz? Como esquecer os abraços que deste, singelos, verdadeiros, perfumados de coração para coração, se te esqueceram? (...) Sociedade de faz de conta... A mim faz-me murchar por dentro. ( Celina Seabra )

Mentira

Se sou fingida? Talvez. A situação escolhe, por vezes, a posição. Se sou mentirosa? Não. Mentira tem pernas curtas - o povo o diz e com razão. Mentira emporca uma relação. Mentira é ratoeira instantânea. Retrai quem é espontâneo. Mentira carrega malícia, malabarismos e muita perícia. Mentira exige escravidão. Para quem crê, é uma deceção... Acreditar? Em quê? Em quem? Frustração, desilusão, desconfiança Passam a ser amigos de eleição. Já o mentiroso vive a sua ilusão. (Celina Seabra)

Acredito

Eu acredito no que vejo. Acredito nas flores, nas aves, nos animais, na relva onde me sento e neste céu que paira sobre nós. Acredito no que sinto. É aquele instinto que nos faz sobreviver e mais tarde dizer “ Afinal, era verdade.” Acredito nas pessoas… Em algumas pessoas. Nas tais que os meus sentidos escolhem e acolhem. E não me venham dizer que as outras são boas, que são fantásticas, senhoras ou senhores do mundo. Não. Acredito no que diz a minha intuição. É um dom. O meu dom. Talvez o teu dom, também. E é nas asas deste que me instruo, que forjo a pessoa que sou eu também. Entraves? Quem os não tem? Barreiras foram erguidas para serem ultrapassadas. É a audácia que nos inspira, é nela que arranjamos a confiança Que não rima com a vingança Nem se chama insolência. É, somente, talismã meu meridiano de sobrevivência. (Celina Seabra)

Borboletas brancas

No meu jardim, passeiam-se duas borboletas brancas. Acho-lhes graças. Pintam-me um sorriso no rosto e despertam-me uma ternura que nem sempre partilho com os outros. Embelezam-me a menina do olho que brinca e bate palmas, fascinada com aquele espectáculo. Se antes havia agitação e uma irritabilidade incontrolável, aquelas borboletas brancas têm o poder de afugentar este mal. Apetece-me abraçá-las, aprisioná-las em mim, fazer delas o fármaco para a bênção dos meus dias. Ah, tudo seria tão fácil se também eu fosse uma borboleta branca! Celina Seabra (Dedicado à Luna e ao Flash) Adivinhem quem são as borboletas brancas?

Dor pequenina

Sim, tentei.  Pelo menos tentei. Quis mostrar que estavam enganados. Quis reivindicar a minha verdade. Palavras soltas...  Levou-as o vento. O tempo amainará esta dor pequenina. É uma dor que não se vê. Remexe-se cá dentro; não sei bem onde, mas incomoda. É um vazio entre a multidão que passa e não repara que tudo passa. É um sangrar que se limpa com a boca, quase invisível, mas dói. Vontade tenho eu de abrir a janela e - tal como um lençol que se agita lá fora para oxigenar - sacudir para bem longe esta dor pequenina que ninguém vê, mas que permanece presa numa cavidade que desconheço. ( Celina Seabra)

Aceitação

Não fui feita para ser escrava da sociedade. Não preciso de muito para ser Feliz. Prefiro o meu lar, a minha solidão porque me sinto tranquila com ela. Não preciso de facebook, nem de Instagram, nem de outra aplicação qualquer para "espiolhar" a vida dos outros. Prefiro a janela de onde posso contemplar o mundo, a gente que passa, os sons que se propagam no ar, o vizinho que trouxe uma namorada nova, a D. Maria que está atenta a tudo o que acontece na aldeia... Mais cedo ou mais tarde, sei de Tudo,  sem querer saber, porque se não o soubesse não pensava, não me afligia, não perturbava a minha alma e não se toldavam de nuvens os meus olhos. Haverá maior felicidade que viver em paz consigo mesma? Chamem-me de anti-social, de Bicho do mato, de antiquada, de caseira, de ultrapassada... Quero lá saber! Para ser feliz só preciso de sentir paz. Fecho os olhos e é tudo tão mais simples! Aceitação. Apenas. Abraço que me sustém à vida. (Celina Seabra)

Hoje

Hoje sacudi a noite dos lençóis abri os olhos ao dia claro brindei a minha essência com uma oração: Hoje vou ser Feliz! Nem de mais nem de menos, apenas o suficiente. (Celina Seabra)

És mágico

És mágico, sabias? A tua voz adoça quando me proteges. As tuas mãos criam vida onde não a vejo. A tua postura é a de Homem com letra Maiúscula. Nada temes e nada te derruba. Chegas onde aparentemente achavam que não tinhas valor para tal. Não te escondes, enfrentas. Não criticas, aconselhas. Não te entristeces porque construíste dentro de ti a Felicidade. O teu riso é cristalino ainda que a tua pele se enrugue com a idade. És honesto num mundo de desumanos. Não te amedronta o trabalho e não há barreiras que não derrubes. És mágico, sabias? Da tua cartola tiras paz, alegria e esperança. A tua capa é a de Herói da vida real. Deus soube fazer-te e tu cumpriste a sua intenção. Sagrou-te  seu , por isso o teu caminho é de luz. (Celina Seabra)

Que raiva de quem é comichosa e fala nas costas dos outros!!! Que repulsa por quem não sabe olhar para o seu próprio umbigo! Orgulho de quem se considera dono da verdade! Vaidade de quem se acha acima da Humanidade! Pobres ignorantes! Não sabem que tudo passa e havemos de virar pó... Pó que outros, os vindouros, hão de pisar... Pó, simplesmente, pó! (Celina Seabra)

Diz-me...

- Diz-me, menino, como hei de voltar a sorrir?   Diz-me, como deixo entrar a música no puzle que esborralhei?   De que cor vês o mundo? E as pessoas?   Há borboletas ainda à minha volta?   E eu, poderei passar por essa metamorfose?   As minhas asas estão presas a uma âncora e a embarcação não pode partir...  -Diz-me, menino, de que cor são as palavras  que a tua mãe canta?   E os seus abraços sabem a chocolate acabadinho de aquecer?   Ensina-me novamente a amar.  -Diz-me, como abraço de novo o mundo?   Ensina-me a acreditar, a confiar e, sobretudo, a perdoar!   - Meu filho, onde arranjo uma Família?   E os beijos onde os vou buscar?   Se eu te entregar o meu coração, és capaz de o concertar?    Flores, são flores o que tenho para começar. (Celina Seabra)

Abandono

Dentro de mim não cabe a Felicidade. Miro-a, aproximo-me, invisto e a barreira invisível afasta-te de mim. Dentro um poço sem fundo, labirintos escuros, escolhas imperfeitas. Dentro o desejo de agarrar esse TODO que nunca serei: única, consciente e crente. Vazio... é um paúl que se acomodou ao local onde criou raízes. Outra face do que não és e querias ser. Cansaço de criar degraus para atingir a luz. Abandono. Para quê? Porquê? Porque já esperei e as borboletas não regressaram ao meu jardim. (Celina Seabra)

Lá fora

Lado a lado - jurámos. Hoje, Tantas vezes de costas. Conversas soltas, fúteis de quem não tem mais nada para dizer. Ou eu sou cega e não me vejo como me pintam, Ou os outros não me conhecem. Silêncio...  para que as palavras não sejam punhais. Silêncio para não quebrar a essência que nos une. Silêncio para não te magoar e para tu não me magoares. Lá fora os caminhos trilham-se sem nós. Lá fora vivem-se momentos de brilho ou, simplesmente, de aparências. Lá fora o mundo passeia sem nós. Lá fora o ruído quebra o pensamento e somos felizes... aparentemente felizes. (Celina Seabra)

12 de junho

Hoje sou Anne Frank, a menina talentosa, extrovertida e observadora que só queria viver. Sou a defensora da LIBERDADE e dos DIREITOS HUMANOS. Sou a apologista da JUSTIÇA. E quando falo em LIBERDADE, falo em valores que a coroam como o RESPEITO pelo Outro, a Inclusão TUA mas,também,MINHA. Porque quando libertinamente pões em causa os meus Direitos, perdes TU a liberdade de proclamares a tua liberdade e de a viveres em paz. Quem és TU para me ofenderes irrefletidamente quando sabes que a par da Liberdade está a Responsabilidade que assumiste cumprir? Porque ser livre não é agir espontâneamente só porque o quiseste fazer. Não és único no mundo. Outros o partilham contigo. Assim, cultiva a tua Dignidade e não prejudiques a Liberdade alheia. Se cada um se colocasse ( de vez em quando) no lugar do Outro, saberíamos o que é a Liberdade. Não o fez a ideologia hitleriana que se achou Senhora do mundo e condenou um povo ao sacrifício. Século XX, igual a Homem Racional.  Que ...

Anne FranK

Se Anne fosse viva, comemoraria hoje o seu nonagésimo aniversário (90 anos). Vale a pena  ler o Diário que ela deixou e onde revelou todos os seus sentimentos. É importante não esquecer que, tal como Anne Frank, muitas crianças e adultos sucumbiram ao ódio nazi. Há atos que até podem ser perdoados, mas NUNCA devem ser esquecidos!

Eu não sou eu

A minha alma diz-me que este corpo não é meu. Não o reconheço e não me agrada. Fantasia? Influência das publicidades que apregoam o modelo ideal e nos enche os olhos e as medidas? Talvez, talvez... Mas esta insatisfação com que a minh´alma lida provoca em mim cansaço. E tenho vontade de partir. De fugir dos padrões onde a minha vontade não conta quase nada. De me deixar levar pelas emoções e sentir, sentir, somente sentir. A sociedade vigia e corta-me as asas. E o impulso é libertar-me da inutilidade  que me esmaga e me sacrifica. Por que sou bela, perfeita e simples. Porque sou a sombra, mas sobretudo a luz. Porque inspiro e expiro sem pensar. Porque dentro de mim não há muros nem preconceitos nem ofuscação supérflua. Sou harmonia, serenidade e bem-estar. Sou a água que mata a minha sede e cura o meu mal. Sou a Génese de um Deus Maior que soprou a vida em mim,  tal como em Ti e nos outros que, tantas vezes, são o Fim. (Celina Seabra)

Tempo

Tempo: relógio imposto. Inimigo dos cautelosos. Estimulante da ansiedade. Precipício para o incauto. Tempo: passagem para o lado de lá. Adversário da confiança. Conveniente ao esperançoso. Desafio para o Herói. Tempo: diminuto, restrito, competidor contra o meu bem-estar. Ciclo das minhas rotinas. Lance por um triz. Tempo: horas, dias, anos, segundos de arrependimento segundos de oportunidades. Eras de mudanças. Pulsação da vida enquanto formos Nós. ( Celina Seabra)

pensamento do dia

O dia de ontem não volta. Resta o arrependimento. As ações ficam com quem as pratica. O SE aumenta de tamanho. O pesar também. Um vazio rastreia-te e entra nos recônditos onde te escondeste. Ontem não volta. Resta Hoje para poderes ser melhor. ( Celina Seabra)

Eles não sabem...

O corpo mudou. Por ele passaram os anos. O sol, o frio, o trabalho, as lágrimas, a rotina envelheceram a pele. O cabelo matizado de madeixas brancas, lembram-me o pintor que se descuidou na aplicação da tinta. Há dores que já não desaparecem e rugas que se afundam... Há um cansaço que teima em vergar-te. Porém, eles não sabem que Por dentro, permanece a menina. Os pensamentos que amadureceram não esqueceram a criatividade e a beleza. Os sonhos estão cá. Danço até estar cansada e ninguém dá por isso. Canto até a voz me doer e só eu a ouço. O baloiço continua no jardim e esvoaço até às nuvens. Brinco às escondidas até ao anoitecer...  Até a voz da minha mãe me chamar para ir. Escrevo nos meus pensamentos histórias românticas e construo finais felizes. A heroína é bela e boa. O príncipe protege-a. Os beijos são mágicos e estonteantes. Há poesia naquilo que se diz. O espelho reflete o tempo que por mim passou. Mas os olhos, esses, guardam a juventude que insiste ...

Viver

Viver é como todos os dias nascer. Abrir os olhos para neles abarcar a novidade. Respirar bem fundo todos os aromas desconhecidos. Tocar para abraçar. Sorrir, porque hoje é um novo dia. Aceitar que podes, novamente,   começar. (Celina Seabra)

Sem olhar para trás

Talvez um dia eu sinta Saudades do meu passado... Caminho sem olhar para trás. Tenho medo que  se o fizer me possa arrepender e perder-me no que já não vem. O espelho de Tudo está em mim. Esqueci o que foi em vão. Aprisiono o que me magoa. Respiro as pequenas felicidades que me construíram como gente e me tornam diferente. São telegramas curtos, mas surpreendentes. São folhas primaveris, tenras da infância singela que tão bem vivi. São flores do campo, repletas de sonhos que inventei e nem sempre alcancei. São ramos frágeis, uns, que me ajudaram a subir porque só assim a árvore pode florir... Ficaram lá. Aqui, com o sol nos olhos, prossigo no meu devir. E amanhã? O Amanhã está, ainda, por descobrir. ( Celina Seabra)

À flor da pele

Há sonhos que nos trazem do passado momentos que achámos esquecidos. Porém, a dor continua presente e as lágrimas sufocam o nosso peito como se tivesse sido Hoje. Ontem e Hoje, tão distantes e tão próximos. Efemeridade… Amanhã. (Celina Seabra)

Egoísta

Quando for grande quero voltar ao ventre de minha mãe e ser de novo, embrião. Quero ser eu a escolher as etapas da minha nidação. Excluir a emoção, fechar o meu coração. Quero abrir bem os olhos e escutar, com atenção, o mundo no seu turbilhão. Vou olhar bem para o meu umbigo para, no futuro, estar sempre bem comigo. E o teu útero, outrora, meu abrigo, será a arena onde treinarei as convicções que no presente maldigo. Meu genes vestir-se-á de autoconfiança,  sacudirá as poeiras que encobrem a justiça e aclamará a mentira  e o vilão. Afinal, este tem sempre razão! Viva o egoísta! - hei de gritar. Meu lema: humilhar quem respira o meu ar! Desencontro, deceção e desilusão, Adeus, Entra agora a Manipulação. Carências, medos, expetativas, aurevoir ! Alternativas? Máxima satisfação, pois sou da nova geração! Quando nascer, é isto que eu vou Ser. ( Celina Seabra)

Melancolia

Longe dos olhos, longe do meu coração. Se antes doeu, hoje o tempo curou. A distância veio apenas ocupar o lugar que já então arrefecia. Dentro, um vazio em branco, uma nostalgia que não sabe a solidão. A carta perdeu-se algures. Esqueci as palavras imaturas. Resta o envelope. O invólucro vazio onde guardo lembranças sem ti. ( Celina Seabra)

Investigação

Investigar, Pesquisar. Que método utilizar? Ação. Mudança. Implementação. Mas antes, a planificação. Observar, Agir, Rever Para o problema resolver. Refletir, Sentir ou experimentar, Imaginar a solução. Lapidar, peneirar Para à conclusão chegar. Criticar? Mudar? Novo ciclo começar. Pensar, fazer, pensar É isto que define investigar. Planificar, Agir, Avaliar E, só então, finalizar! ( Celina Seabra )

Coscuvilhice

Há gente que gosta de complicar. Interpreta o que não pensas e sujeita-nos a uma introspeção. São os “ troca-tintas”, os que diz-que-diz… Fazem de nós as novelas das suas vidas chatas. ( Celina Seabra )

ACRÓSTICO

T entativas para definir tudo o que foge à normalidade, tributo da sociedade. E scolha de conceitos que facilmente são questionáveis por outros filósofos. O rganização do pensamento, porque a mente é prodigiosa e vai para além do intelecto. R omaria à volta do consciente e explicações para a inconsciência que se camufla de óculos de sol. I rmãs dizigóticas que se encontram num mundo paralelo ao Sonho. A mbição para o consenso, a aliança. S ufrágio que se faz de tempos em tempos, porque a Mudança é Urgência! ( Celina Seabra)

Mundo imperfeito

Um mundo perfeito! Onde está ele? As notícias descortinam diariamente roubos, injustiças, corrupção, crime, violência, morte... O Homem tornou-se predador na sociedade que construiu. A selva de pedra materializou-o e dentro de si crescem muros, grades, charcos. A luz escondeu-se algures e a sombra tortura os pensamentos bons. Aos poucos foram desaparecendo os valores essenciais à boa convivência: o respeito, a educação,  a solidariedade, os gestos que tocavam de sorrisos a alma da gente. Foi-se o " desculpe " e impôs-se a lei do mais forte. Foi-se a gentileza e as palavras asquerosas, amargas, fedorentas ecoam por toda a parte. Já ( quase) ninguém tem vergonha, pudor... Reina a falta de decoro, o desafio, a petulância. Alude-se ao sexo, às drogas, às guerras como se fizessem naturalmente parte da vivência humana. Descuram-se os amigos, troca-se o amor pelo jogo, pela bebida, por uma noite viciante, Afugenta-se o silêncio para se viver o barulho. E...

Vai com o vento

O futuro encarrega-se de nos mostrar o verdadeiro rosto do Outro. O coração sentiu-o primeiro. A consciência tentou negá-lo! Porque teimas em aproximar-te de quem é egoísta? - sussurra. Vontade de ter um Amigo com quem conversar. Desejo de um irmão para desabafar. Uma janela para poder abrir e voar... voar... Hoje sei que sabia que seria assim. Vai com o vento... Não te prendo mais. ( Celina Seabra)

Naquela nuvem é que eu estava bem

Naquela nuvem é que eu estava bem. Longe do mundo confinado a normas e a tangentes arriscadas. Ali, sobrevoando o infinito, seria capaz de tocar na limpidez celestial. Adormeceria na cama feita do algodão que os anjos apanharam. A noite seria sem sonhos, sem sobressaltos, sem o bater do coração habituado a fármacos para estar tranquilo. Navegando o céu cristalino estaria mais perto da criação divina.  Seria átomo, solto num espaço e talvez pudesse brincar na palma da Tua mão. Naquela nuvem que singra o céu, que debaixo contemplo, entregaria os meus pensamentos. Os intranquilos, os que assombram a minha missão terrena, os que explodem em lágrimas. Fartaria com elas aquela nuvem que sabe para onde corre e por ali se espalha. ( Celina Seabra)

Mal me quero

Como invejo quem assim canta! Que emoção as palavras que o poeta escreve e me soam a conhecidas. Que lindo esse riso natural que adotaria para mim! A inteligência espanta-me. As ações   - as boas – são orações executadas e admiro-as porque não sou perfeita. O brilho aquece o meu raciocínio, irmão gémeo do ceticismo. Como almejo a espontaneidade de quem sabe o que quer! O que não daria para ter o dom de me descoser e recriar em mim os dons da gratidão, da simplicidade e da Fé! Porque não sou borboleta ou ave? Bizarra, antes, do que insegura e sem amor-próprio! Faz-me falta o orgulho e a valentia. ( Celina Seabra)

Reflexão de hoje

Quando tu achavas que a tua caminhada era estável e apaziguadora os ventos do norte levantam o tapete que carinhosamente teceste e empurram-te para novas dimensões. Porquê? - questionas? E essa voz interior sussurra como se brincasse contigo: Afinal, esta ainda não era a tua última matrioska! ( Celina Seabra)